quinta-feira, 19 de maio de 2016

Reflexão política

Há uma total deslegitimação do partidarismo político no Brasil, aliás, no mundo, e esta ocorre pelo distanciamento entre a prática e objetivos partidários e as necessidades do eleitor. O profissionalismo e o parasitismo da ação dos militantes de um partido, focado na sobrevivência pessoal e na locupletação insaciada, destruiu a representação partidária como imaginada nas democracias. Basta ver a diversidade de elementos e o movimento migratório entre as siglas para constatar que os que o move não é programa ou ideologia, mas a simples obtenção de oportunidades, de acordo com a filiação.
Esta desqualificação partidária é perigosa. A transformação de partidos em agrupamentos de saqueadores leva a uma crise de representatividade, a perda da identificação do eleitorado, que irá a busca de outras formas de representação. Não é a toa que na Europa já surgem movimentos apartidários, ou figuras que, extremadas, representam um desabafo popular, mais que uma afinidade identitária.
Ou criamos leis que obriguem os partidos a terem alguma ordenação (o que sempre é ruim, visto que deveria ser uma escolha política) ou passaremos por uma crise longa, perigosa, e de progressiva desqualificação do processo político e afastamento do eleitor.
E, isto, é um terreno sempre pantanoso, perigoso, sujeito a aventuras, retrocessos e perdas. Não devemos sair das ruas, se quisermos uma reforma política que, se não regenere, ao menos melhore o sistema de representação eleitoral.

Liberdade
O princípio especial da vida é a liberdade! Nenhum sistema, indivíduo, ou partido, que transforme a liberdade em algo parcial ou fragmentado, e tente suprimir este direito do cidadão em benefício próprio, tem legitimidade moral ou ética.


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