domingo, 29 de maio de 2016

ÀS ESCURAS


Todos sabem que o trecho Piedade/Campo da Pólvora, na Avenida Joana Angélica, oferece imenso perigo de assalto e agressões (como, de resto, toda a cidade). No entanto, o setor da prefeitura responsável pela iluminação pública ignora isso solenemente. Tanto é assim que a via conta com iluminação em apenas um dos lados, e assim mesmo fracas e ultrapassadas lâmpadas de mercúrio. É a prefeitura colaborando com a bandidagem, não bastasse a ausência acintosa da Guarda Municipal.


"Trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates." (Steve Jobs)

A estúpida geração escrava da tecnologia e o emburrecimento da população

Em primeiro lugar, a clássica ressalva: nada tenho contra a internet, infindável fonte para pesquisas e instrumento de comunicação definitivo, e, portanto, irreversível. Todavia, abomino o exército de zumbis que o vício na tecnologia, e, mais que, isso, o deslumbramento burro com as chamadas redes sociais, criaram.
Nas ruas, absortos nas telas dos celulares, caminham exércitos de zumbis que se submetem  a toda sorte de riscos de acidentes para exibir um sorriso alvar a cada mensagem, a cada foto de comidinha em mesa de bar, a cada piadinha ou comentário cretino, na chamada rede.
Não existe mais diálogo entre as pessoas. Nos restaurantes, nas filas, nos cafés, onde quer que seja, e onde antes havia GENTE conversando com GENTE, todos mergulhados  nas telinhas, causando, entre outros males para o cérebro e a mente, sérios problemas físicos, principalmente em relação à coluna.
Não é à toa que esses zumbis, a maioria esmagadora da população, são considerados hoje como doentes. E doentes mentais, inclusive. Mas é isso aí: décadas, séculos, passarão até que as pessoas acordem para a necessidade, de novo, do contato humano, da leitura calma e serena de bons livros. Ou não. Pelo visto, aliás, teremos no futuro gente com chips no cérebro, e quem sabe hibernando em algum cubículo, viajando na "realidade virtual."


A pieguice da mídia (I)

Permitam-me os coleguinhas, mas não tenho papas na língua: choca-me, cada vez mais, a pieguice da nossa mídia, inclusive, e principalmente, a televisiva.
É um tal de "graças a Deus ninguém ficou ferido", "por sorte não houve vítimas", "apesar do susto, todo ficaram bem", "felizmente todos escaparam", argh!


A pieguice da mídia (II)
É óbvio que a grande maioria fica feliz quando vê pessoas escaparem ilesas de acidentes e sinistros diversos, mas, na minha modestíssima opinião, não cabe a nós, da mídia (que temos a imensa boçalidade de acreditar que "educamos" a opinião pública), ficar festejando isso ou aquilo. Basta noticiar, só isso. E que parentes, amigos e outros que não são próximos, por si, comemorem de acordo com sua religião ou ausência dela, a "sorte" dos que escaparam. Pronto!

Ainda sobre a tecnologia (I)
Só para ilustrar um pouco mais a ideia da nota principal desta coluna, vejam este notícia, retirada do site da Tecnovest: "Quando as crianças em uma escola específica do Vale do Silício falam 'apple' elas estão apenas se referindo a uma maçã, geralmente estão falando sobre a fruta. E têm muito mais motivos e estímulos para rabiscar desenhos do que o próprio Doodle pode sugerir."

Ainda sobre a tecnologia (II)

E conclui, a  notícia: "Parece mentira, mas é numa escola dessas, como a Waldorf School da Peninsula, que encontramos os filhos dos CEO’s das grandes empresas de tecnologia: Google, Yahoo, HP e Apple, por exemplo. Também não existem trabalhos para casa que necessitem utilizar computadores. As orientações para os professores é de as atividades escolares não devem ter qualquer relação com computadores, nem nas atividades extra-classe. Nada deve ser ensinado que necessite ser desenvolvido em aparelhos eletrônicos ou precisem acessar a internet." Completo: são as chamadas "less tech schools", ou seja, escolas sem tecnologia. Onde se aprende como nos bons tempos, lendo com calma, no papel, e RACIOCINANDO. Só isso...

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