Para quem ainda
não conhece as obras básicas de Kardec, elas são livros iniciáticos do
espiritismo.
Para quem quer
saber o que é espiritismo, essas obras são o “Passaporte” ao mundo da
espiritualidade e funcionam como se fossem os livros de alfabetização e estudo
primário. Claro que, como no nosso dia-a-dia temos os autodidatas, no
espiritismo também temos esses privilegiados. Tem muita gente que consegue se
inteirar dos assuntos relacionados a espiritualidade sem passar pelos estudos
de alfabetização e primário das obras básicas de Kardec.
Na iniciação do
espiritismo, nos estudos de alfabetização e primário tradicionais, há muitas
situações pitorescas vividas pelos adeptos do espiritismo.
Muitos companheiros
de jornada querem evoluir e fazer uma “média” com o pessoal da espiritualidade.
Começam a estudar as obras básicas de Kardec, mas quando chegam a um certo nível
de alfabetização ou estudo primário, começam a recusar os livros do segundo
grau espiritual alegando não serem Kardec autêntico.
Imaginemos uma criança
que vai para escola normal terrena. Faz o Jardim, Alfabetização e Primário.
Quando chega no nível secundário recusa os novos livros por não serem da mesma
linha pedagógica das fases anteriores da sua escola.
Agora imagine
esse aluno chagando na universidade e exigir que seus novos livros sejam os
mesmos de seu curso primário para não fugir da tradição.
Nos níveis
secundário e universitário nos usamos os conhecimentos adquiridos na
alfabetização e primário para melhor compreender os novos assuntos.
No espiritismo também
é assim. Quem passa das obras básicas de Kardec deve buscar mais cultura espirituail
a título de sua evolução. Não justifica uma pessoa passar, de sua infância até
sua terceira idade, estudando a alfabetização de Kardec sem nunca passar de fase
e ainda, achar que está em evolução.
Um aluno que
repete o mesmo ano duas vezes não é muito legal. A evolução espiritual se
inicia nos livros básicos de Kardec, passa pelos dogmas religiosos, tradições
indígenas, afros, xamânicos e orientais, culturas milenares, chegando até a
mecânica quântica.
Tudo isso é
possível se usarmos o que foi aprendido nos livros básicos de Kardec.
Pensando assim,
podemos, um dia, quebrar essa frase que é um paradigma: “Isso não é Kardec”,
assim, deletaremos do nosso dicionário da vida, o significado das palavras, “morte
e desencarne”.
O sentido da
vida não é apenas colecionar bens e nem ganhar mais e mais dinheiro.
Isso nos faz
lembrar a fábula do mergulhador que achou, no fundo do mar, moedas de ouro espalhadas
pela areia revirada pelo movimento das águas. Antes que todas as moedas fossem
soterradas novamente, ele começou a colher, uma a uma. Na hora de emergir foi
obrigado a se desfazer do peso do tesouro recolhido.
No geral, o espiritismo nos ensina que nossa
estadia aqui na terra não é apenas para recolher as moedas do fundo mar e nem
engordar conta bancária.
Na encarnação
seguinte, a ninguém é garantido vida farta e nem participação nas finanças, deixadas,
em mãos de seus herdeiros.
Conrado Dantas
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