A doença de
Alzheimer e desordens relacionadas afetaram cerca de 44 milhões de pessoas em
todo o mundo em 2014 e este número "vai dobrar a cada 20 anos", de
acordo com um relatório da OMS de 2012.
Novas e promissoras perspectivas no
tratamento da doença de Alzheimer (doença que atinge hoje cerca de 1,2 milhões
de pessoas no Brasil) foram apresentadas hoje (12) durante o Primeiro Encontro
sobre Envelhecimento e Doenças Neurodegenerativas da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pesquisa de laboratório descobriu um
composto orgânico capaz de evitar o acúmulo de metais fisiológicos no cérebro,
o que pode ajudar a retardar a progressão da doença.
A pesquisa é fruto de parceria entre o
Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio e o Instituto
de Biologia Molecular e Celular de Rosario, na Argentina.
Um dos coordenadores da pesquisa, Nicolás
A. Rey, explicou que os testes experimentais comprovaram que o composto
hidrazona mostrou-se eficaz no sequestro dos biometais zinco, cobre e ferro da
beta-amiloide, proteína encontrada em grande quantidade nos pacientes com
Alzheimer. "Os metais que se acumulam na beta-amiloide produzem
radicais-livres, que atacam os próprios neurônios", explicou ele.
Os pequenos agrupamentos de beta-amiloide
podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses, que é o primeiro
passo para a série de eventos que leva à perda de neurônios e aos sintomas da
doença. Nicolás disse que "o hidrazona tem boa absorção no cérebro, não é
tóxico, e seu processo [de produção] é ambientalmente correto e de baixo
custo".
Após testes preliminares em animais, a
reação do grupo de controle foi muito positiva, segundo o cientista, sem mortes
ou doenças entre os ratos que receberam enormes doses da substância. Os testes
devem durar mais um ano e meio, e nesse período a equipe vai buscar parceiros
para a fase de testes farmacológicos na busca por drogas anti-Alzheimer.
A doença de Alzheimer e desordens
relacionadas afetaram cerca de 44 milhões de pessoas em todo o mundo em 2014 e
este número "vai dobrar a cada 20 anos", de acordo com um relatório
da OMS de 2012.
(Com informações da Agencia Brasil)
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