sexta-feira, 23 de junho de 2017

UEFS: Polícia para quem precisa

O episódio, de repercussão nacional,  em que duas alunas foram levadas em um assalto a um veículo, na UEFS, acabou da melhor forma possível, felizmente,  mas poderia ter resultado em algo trágico. No mesmo dia,  um indivíduo invadiu o refeitório da UEFS e algumas funcionárias se feriram ao quebrarem a porta de vidro.
 
Nós já vinhamos alertando, aqui mesmo na Tribuna, que Polícia não entrar em Campus Universitário era inadmissível nos tempos democráticos atuais, com governos de esquerda e plena vigência da liberdade de opinião. Escrevi que não precisavamos esperar a tragédia acontecer, para revermos uma postura ultrapassada.
 
Algumas negociações foram feitas com a Polícia, mas a Reitoria não quer que ela faça abordagens- certamente com medo que prenda usuários de drogas-, como se tivesse a obrigação pedagógica de ser um território livre para o tráfico e drogados. 
 
Espaço com dez mil pessoas, ao menos, que a força policial não entra, não existe mais. É irreal, no mundo violento como o atual. A Universidade não pode, para proteger a minoria que compartilha um vício, expor toda uma comunidade. Além do que, conceitualmente, é contraditório que um orgão público rejeite a presença de uma força legal da Sociedade. Que tipo de lição institucional a Academia está ensinando a seus alunos e a comunidade?
 
Esperamos que o aviso sirva de lição.  

Nenhum comentário: