Uma dieta que
substitui a farinha branca pelos grãos integrais vai ser sempre mais benéfica
para a saúde, certo? Não necessariamente. Pelo menos no que diz respeito aos
pães, essa relação parece depender mais de quem come do que da composição da
comida.
Algumas
pessoas podem funcionar melhor comendo os pães convencionais do que suas
alternativas mais naturebas. Segundo um estudo publicado na revista Cell
Metabolism, a resposta para essa diferença está em nossa flora
intestinal.
A pesquisa
contou com a participação de 20 voluntários saudáveis, entre 27 e 66 anos. Metade
deles foi desafiada a seguir à risca uma dieta em que 25% das calorias diárias
totais eram conseguidas com o consumo de pães de farinha branca – daqueles
industrializados e cheios dos conservantes, que você pode achar facilmente no
mercado.
O outro time
tinha de consumir um pão especialmente desenvolvido para o estudo, feito com
farinha integral e entregue fresquinho no conforto de cada lar. Depois de uma
semana com um dos pães, eles trocavam de dieta. Quem consumiu a receita feita à
base de grãos migrava para o grupo do pão branco e vice-versa.
Para garantir
que os resultados variassem o mínimo possível, mesmo com os diferentes hábitos
alimentares, os pesquisadores determinaram algumas
regras rígidas. Os participantes não podiam consumir trigo de
nenhuma outra fonte, a não ser essas duas pré-estabelecidas. O pão era a
primeira coisa que eles deveriam comer no dia, logo ao acordar, e o único
alimento que podiam consumir à noite. As cobaias não podiam, também, fazer
exercícios físicos até duas horas depois de terem ingerido os benditos
pãezinhos.
Tudo isso
para evitar alterações profundas na resposta glicêmica dos pacientes – ou seja,
na velocidade que os níveis de açúcar no sangue crescem após o consumo dos
alimentos. Os carboidratos são quebrados em açúcares pela digestão, e a
insulina realiza a tarefa de levar esse açúcar para as células por meio do sangue.
É aí que eles se transformam em energia para o corpo.
Se o ato de
comer um bolo de chocolate lhe dá um pico de energia maior que comer uma maçã,
você pode agradecer exatamente a esse processo.
Os cientistas
acompanharam de perto a quantidade de açúcar presente no sangue das cobaias,
para assim mapear melhor a influência de cada pão na dieta. Eram considerados
também os níveis de glicose ao acordar, a quantidade de minerais essenciais
como cálcio, ferro e magnésio presentes no sangue, colesterol, e também enzimas
do fígado e rins. (Sper Interessante )
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