A Universidade Estadual
de Feira de Santana promove a exposição internacional Prisma, no Museu Regional
de Arte (MRA), localizado no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). O vernissage
será nesta quinta-feira (16), às 19h30, com exposição de fotografias do Grupo
Quanta, composto pelos artistas plásticos feirenses Edson Machado, George Lima,
Juraci Dórea e Maristela Ribeiro, da convidada Karen Ostrom, canadense radicada
nos EUA, além de apresentação musical do duo de violão Lázaro Amaral e Hamilton
Gonçalves.
A ‘Exposição de Artes Visuais
Prisma – Projeto de Intercâmbio Artístico e Cultural Brasil, EUA e Canadá’
ficará em cartaz até 31 de julho de 2019. Conforme Maristela Ribeiro, artista
visual e curadora da mostra, a ênfase está na produção contemporânea com
plataforma que abrange compartilhamentos poéticos, de debates e também de
reflexões sobre a arte, a vida, a cidade, o contexto social e o cotidiano.
Na mostra, Edson Machado
exibe imagens capturadas em ‘Vernissages’, onde, através da técnica fotográfica
de sequência, flagra momentos e situações reveladoras da íntima relação da obra
de arte com o crítico, curador, artista e público. Por sua vez, George Lima
apresenta ensaio fotográfico ‘Figuras’, composto por 12 imagens criadas a
partir de marcas da infância, com proposta de reflexão sobre temas
aparentemente contraditórios: a estabilidade e o desequilíbrio, a fragilidade e
a solidez, a resiliência e a vulnerabilidade.
Juraci Dórea expõe oito
trabalhos da série ‘Arte para ninguém’ e quatro desenhos sobre cerâmica. São
obras recentes em que o artista coloca em discussão certas nuances da arte
contemporânea, como o significado da contemplação, a obsessão pelo espetáculo e
a ruptura da aura do objeto. Os trabalhos situam-se nos limites da arte efêmera,
do ‘site specific’ e da ‘landart’, mas têm como ponto central a figura do
espectador ausente.
Maristela Ribeiro
apresenta fotografias aéreas – ‘plongées’ – da série ‘Calle de Libreros’ realizada
na rua de mesmo nome, durante estância doutoral em Valência, na Espanha. A
artista expõe a ilusão da referência realista, por meio de uma outra percepção
do espaço, marcada pela distância exagerada entre a objetiva e seu referente. A
mudança do ponto de vista busca desafiar a perspectiva clássica.
A artista canadense
radicada nos EUA, Karen Ostrom, apresenta fotografias, instalações
ciclorâmicas, vídeos e trilhas sonoras. Os trabalhos integram um projeto em
desenvolvimento, no qual a artista cria uma certa atmosfera combinada a um jogo
visual complexo, que exige uma apreciação cuidadosa por parte do espectador.
Karen Ostrom, há mais de 20
anos, reencena episódios do cotidiano como recurso para dar prosseguimento a
uma vila de pescadores fictícia, inspirada na história da sua família e na
migração dos escandinavos para a costa noroeste do Canadá. As obras vislumbram
um conjunto que propõe um contraponto entre o histórico e o contemporâneo, seja
caminhando por entre uma versão do ‘Três de Maio de 1808’ de Goya, ou noutra,
em um cenário mortal dos anos de 1920.
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