terça-feira, 22 de outubro de 2019

Boia que facilita sinal da internet e chip para ser usado em Vênus vencem desafio da Nasa, em Feira de Santana

Um sistema de boias autônoma que replica sinal da internet em alto mar, que vai de um continente a outro e que derruba o custo desta plataforma. Um chip mecânico, e não eletrônico, que suporta as adversidades da superfície de Vênus.
São ideias consideradas exequíveis que venceram a edição de Feira de Santana do Space Apps Challenge, desafio global realizado pela Nasa, a agência espacial estadunidense, que aconteceu no final de semana passado na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). O evento, que contou com o apoio da Prefeitura, através da Fundação Egberto Costa, também foi prestigiado pelo prefeito Colbert Martins Filho. 

Para Munique Pestana, que compôs a equipe Core, que terminou a maratona em primeiro lugar, o hackton foi ao mesmo tempo desafiador e divertido. “A pressão em tempo integral, bem como a apresentação são desafiadoras”.
A estudante de sistema da informação foi a escolhida para apresentar o projeto à banca. “Sabia que um desliza colocaria tudo a perder. Mas deu tudo certo”. Munique disse que vai participar de outras maratonas deste tipo – o da Nasa foi a sua estreia.
Vê potencial no seu projeto para resolver este problema de comunicação, principalmente no tocante ao barateamento. “Estimamos que 45 boias seriam suficiente para cobrir a rota Salvador e Cabo Verde”.
Este tipo de comunicação via satélite custaria aproximadamente 50 milhões de dólares, segundo estimativa feita pela equipe – os outros componentes foram Silas Leal, Daniel Fonseca e João Pedro. Foram premiados com o smartphone, cada.
O feirense Sérgio Jaca, que formou a equipe Automato, que ficou em segundo lugar, também disse que o hackathon é desafiador – interessante e desgastante. “Mas é um espaço onde se aprende bastante. Força os participantes a pensar”.
O chip terá que suportar a alta temperatura de Vênus, o segundo planeta mais próximo, onde a média chega a 450 graus centígrados e a pressão atmosférica que é 92 vezes maior do que a da terra. “É um ambiente onde todas as experiências são válidas, onde a gente conversa muito e exercita a mente”, diz Sérgio Jaca. Os outros companheiros foram Milena, Pedro, Mateus e Adilson. As duas equipes se voltam para a gravação do seus projetos, em inglês, que serão enviados à fase mundial da maratona. E torcem, juntas, para que pelo menos uma seja escolhida entre as duas primeiras.  

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