sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ajudam pouco e ainda atrapalham


Em todo o Brasil órgãos de defesa do meio ambiente ajudam muito pouco e ainda atrapalham quem quer fazer alguma coisa. Ganhou notoriedade nacional o caso do caboclo que adentrou a mata para colher ervas para fazer um chá para sua esposa doente. Flagrado por fiscais do Instituto do Meio Ambiente (IBAMA), foi preso em flagrante por crime inafiançável.
Por outro lado, principalmente em questões que envolvem muitos investimentos (dinheiro), são inúmeras as barreiras impostas aos projetos, mesmo que sejam de grande relevância para o progresso. Aqui em Feira de Santana a fábrica de aviões Paradise quase não seria instalada por simples birra política do então diretor do Instituto de Meio Ambiente (IMA), Messias Gonzaga.
Abater ou retirar animais silvestres do seu habitat natural é crime, mas, quantas pessoas já foram presas por essa prática? Poucas, muito poucos, considerando-se que em qualquer feira livre, principalmente de pequenas cidades, se encontra animais abatidos ou vivos expostos para comercialização, sem que ninguém importune o vendedor. Isso porque são poucos os fiscais e são muitos os vendedores e compradores.
Contudo, quando alguém se propõe a criar animais silvestres em cativeiro, como se cria gado para o abate, são inúmeras as barreiras e exigências feitas pelos órgãos de proteção ao meio ambiente, seja em instancia municipal, estadual ou federal. Tantas, que na maioria dos casos o pretenso criador/investidor, desiste.
O ser humano é predador por natureza. A caçada está impressa no seu subconsciente desde os tempos em que viviam em cavernas. Entendendo isso, e também sabendo que na natureza tem que haver equilíbrio, e por isso existem predadores e presas, os países mais avançados desenvolveram sistemas de “guarda caça”, que cataloga, credencia caçadores e pescadores, e controla a matança de acordo com as épocas de procriação, espécies e tamanhos dos animais que podem ser caçados ou pescados sem correrem o risco de extinção.
Sei que em algumas regiões do Brasil esse controle tem sido bem executado, mas, para um país de dimensões continentais como o nosso, isso ainda é muito pouco, é uma situação, diria eu, embrionária ainda. Antes de qualquer coisa é preciso se desenvolver uma campanha educacional sobre o assunto, e depois contratar fiscais suficientes e treinados para dar cobertura aos vastos territórios de caça e pesca. Mas, qual governo, qual político, pretende investir nisso?
E enquanto não se toma uma decisão séria sobre a questão, a coisa acontece ao sabor do humor e dos interesses, políticos ou financeiros, das ditas “autoridades” do setor.
Mas o cidadão não deve tomar a iniciativa de derrubar uma árvore que está para cair sobre sua casa. Isso pode resultar em multa ou cadeia.

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