sexta-feira, 15 de outubro de 2010




Pensou pequeno
Ao tentar defender o apoio de lideranças locais a candidatos de fora, e justificar os “benefícios” que estes últimos trazem para a cidade, o presidente da Câmara Municipal, Carlito do Peixe, pensou pequeno. Segundo ele, um dos candidatos apoiados por lideranças locais colocou R$ 1 milhão em verbas orçamentárias para obras no bairro Irmã Dulce, aliás, reduto político do presidente. Deputados locais trariam muito mais verbas para a cidade, isso sem se falar na força da nossa representatividade política na defesa dos nossos interesses no Congresso Nacional.

Tá se achando
A expressiva votação obtida, que o levou a ser o único representante feirense na Câmara dos Deputados, está levando o deputado Fernando Torres a assumir o papel de grande líder, orientador até o próprio prefeito Tarcízio Pimenta. Esta semana ele chamou a atenção do prefeito para o fato da Prefeitura estar com a folha de pessoal “inchada”. O deputado teria aconselhado o prefeito a demitir gente. Só não se sabe se ele disse quem deveria ser demitido.

A escolha de Sofia

Sofia foi uma judia prisioneira dos campos de concentração alemães na Segunda Guerra Mundial, obrigada pelos nazistas a escolher qual dos seus dois filhos deveria morrer. O caso visou histórico sinônimo de dilema, onde qualquer escolha feita terá conseqüências graves para quem escolhe. É mais ou menos, guardadas as devidas proporções, como se encontra o prefeito Tarcízio Pimenta, obrigado a escolher a quem apoiar para presidente no segundo turno. A Primeira Dama, eleita deputada estadual pelo PR, vai ter que apoiar Dilma, que é a candidata apoiada pelo seu partido. Mas o prefeito é do DEM, que apóia Serra. E aí, prefeito. Serra ou Dilma?

Nota Pública

“Em absoluto pretendo ou penso em deixar de cumprir o mandato que me foi dado pelo povo da Bahia. Jamais participei ou participarei de acordos espúrios. Não acredito que essa informação tenha partido de meu filho, o prefeito João Henrique, porque só uma pessoa que não me conhece e desinformada politicamente poderia sugerir algo tão estapafúrdio.”, teria declarado o senador João Durval ao tomar conhecimento da suposta articulação feita por seu filho João Henrique, para que ele se licenciasse do Senado, dando lugar ao seu vice.

Rompimento

Tem um monte de gente doida pra ver o circo pegar fogo entre o ex prefeito José Ronaldo e o prefeito Tarcízio Pimenta. Calma, pessoal. Depois da eleição do presidente as coisas vão começar a acontecer.

Sozinho

Quando o senador ACM faleceu deflagrou-se um processo sucessório dentro do DEM da Bahia. Carlistas históricos e até de última hora, começaram a disputar a liderança do partido. Mas o deputado ACM Neto, prepotente e arrogante como o avô, reivindicou para si a herança, o que desagradou a gregos e baianos. Começou então a revoada para outros partidos. Até o senador Cesar Borges, cria de ACM, voou para os braços de Jaques Wagner. Findas as eleições, um novo alinhamento político vai acontecer, com mais gente saindo do DEM e indo para outras legendas. O que se pode observar é que o deputado ACM Neto vai ficar sozinho. Dá até pra imaginar o quadro. Ele sentado num banquinho dentro da sede do partido, vazia, olhando para o retrato do avô na parede e perguntando: “Onde foi que eu errei”?

Quem paga o pato?

Durante a greve dos bancários, ouvia-se sempre o pessoal do Sindicato da categoria afirmando na imprensa que os clientes e usuários do serviços bancariam poderiam reivindicar seus direitos e não pagar multas por falta de pagamento de suas contas, cartões de credito, prestações e tudo que não pode ser pago porque os bancos estavam fechados. Finda a greve, vem um gerente de banco e diz que todo mundo vai ter que pagar multas e juros. “Não tem acordo”, afirmou o tal gerente ao repórter Ed Santos. Como disse o radialista Itajay Júnior: “Nesta briga entre o mar e o rochedo, só quem sofre é o marisco”.

Bancários
Por falar em bancários, eu fico pasmo ao ouvir sindicalistas da categoria berrando no rádio contra os banqueiros, que ganham verdadeiras fortunas lesando os usuários do sistema, e não querem pagar salários dignos para os funcionários. Eles mesmos afirmam que “nunca os banqueiros lucraram tanto quanto no governo Lula”. Porém, todos votaram em Lula e votam na sua candidata. Se isso não é incoerência...

Pára Choque de Caminhão

“A mulher foi feita da costela, imagine se fosse do filé” (coletado pela professora Lélia Vitor)

Philosopher

“Todo mundo é muito bom, mas meu casaco sumiu”. (Anônimo)

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Por hoje é só que agora eu vou ali procurar um agasalho. Me enrole, que eu tô com frio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não vejo isto como um grande dilema, exceto pelo fato de que as pessoas tem a mania de misturar vida pessoal com vida profissional. A figura política não deve estar atrelada totalmente à figura do marido.

Além disso, se a primeira dama escolheu um partido diferente do partido do marido, ela certamente sabia que situações assim poderiam ocorrer a qualquer momento.

Cabe agora fazer a separação das figuras, e cada um ficar na sua. Não interessa, aqui, se não marido e mulher, e sim se serão bons desempenhando os cargos para que foram eleitos. O resto é só fofoca e disse-me-disse.