terça-feira, 22 de março de 2011

Somos iguais

Não gosto de gente medrosa, serviçal, dissimulada, hipócrita e congêneres. Não gosto de bajuladores, interesseiros e oportunistas. Prefiro ter no meu rol de amizades pessoas sinceras, francas, que não se submetem nem se humilham diante dos poderosos da vez. Sempre tratei as pessoas de acordo com o tratamento que recebo delas. Seja quem for. Se me trata com respeito, recebe respeito, se me trata com desprezo, recebe desprezo. E por aí vai.

Parto do princípio de que me esforço para ser compreensivo paciente e solícito com todos os que me cercam. Também sei reconhecer os meus erros e pedir desculpas quando erro. Sou humano, filho do mesmo Deus que criou todos nós. Por isso não vejo diferença entre as pessoas que me cercam, e, por isso, espero que meus semelhantes façam o mesmo. Do ponto de vista das relações humanas, entendo que somos todos iguais.

Reconheço, porém, que cada ser em si é único, capaz de construir sua própria história. Cada um tem uma personalidade e caráter diferente, mas, ainda assim, falhos, como todos nós somos. Alguns mais inteligentes outros menos. Alguns mais fortes física ou espiritualmente, outros menos. Mas, ainda assim, humanos.

Reconhecer e respeitar uma autoridade legitimamente constituída pelo poder popular é dever de todos. Mas, quando esta autoridade não se dá ao respeito e nos trata com ironia, escárnio e desprezo, devemos repudiá-la com voz clara e forte, e, principalmente, demonstrar nossa insatisfação nas urnas.

É comum entre as ditas autoridades, quando se sentem acuadas, flagradas em erro, tentar fugir pelos caminhos da galhofa, das piadinhas patéticas, ou pela arrogância e violência, com ameaças veladas ou diretas. É nesse momento que devemos mostrar a nossa coragem e desprendimento, não nos deixando intimidar. Temos mecanismos na organização social e política para enfrentar estes canalhas. Fomos nós quem os colocamos lá, e também podemos tirar. Basta querer.

Estou dizendo tudo isso por conta de situações que tenho observado no nosso dia a dia. Não vou fazer acusações diretas, ainda, mas a coisa está beirando os limites do inaceitável. Os poderes públicos, em níveis municipal e estadual, não estão correspondendo à votação que receberam, e respondem aos questionamentos populares com ironia, dissimulação e ameaças veladas. Queremos trabalho e resultados, e não evasivas e arrogâncias.
No nível federal, eu, que votei contra a Dilma, confesso que estou surpreso com o seu desempenho e sua seriedade. E até faço minhas as palavras do colega, editor e articulista do jornal Tribuna da Bahia, Alex Ferraz, em sua análise sobre a vista do presidente dos Estados Unidos ao Brasil:

“Pela primeira vez em oito anos vemos a pessoa que comanda nosso país encarar com elegância, seriedade e necessária firmeza a mais poderosa nação do mundo. Sem piadinhas, sem metáforas patéticas”.

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