segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bando anunciador cresce e problemas começam a surgir

Em sua quinta edição, desde que foi resgatado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), o Bando Anunciador da Festa de Santana foi mais uma vez às ruas e mais um vez demonstrou crescimento na participação popular. Porém, como era de se esperar, alguns excessos começaram a existir e os organizadores devem se precaver para que isso não venha a prejudicar essa que é uma das primeiras manifestações populares da cidade e a última festa genuinamente feita pelo povo, de forma espontânea, alegre e divertida.
 
O Bando Anunciador saiu do CUCA no domingo pela manhã arrastando uma multidão de pessoas de todas crenças, raças e classes sociais, um verdadeiro sincretismo em torno da alegria. Com muitos fogos de artifício, fantasias coloridas, grupos musicais, a festa tomou conta das ruas e cumpriu seu tradicional roteiro, indo até a praça Fróes da Mota e retornando pela Praça da Bandeira, rua Marechal e tomando o Beco do Mocó para retornar ao Cuca.
Os problemas surgem a partir do momento em que algumas pessoas mal humoradas reclamam do barulho que começa cedo nas comunidades de onde saem grupos organizados em direção ao CUCA. É apenas uma vez no ano, mas elas vão aos meios de comunicação protestar e, em alguns veículos, encontram eco para os seus protestos. Mas há um ditado popular que reza que “é conversando que a gente se entende”. Estas mesmas pessoas não reclamam quando grupos religiosos fazem barulho.
Mas um problema que precisa ser resolvido é com os pastores da Igreja Internacional da Graça de Deus, que fica na rua Tertuliano Carneiro, percurso do Bando Anunciador. Desde o ano passado que eles se desentenderam com o grupo chamado de “Bloco do Sujo”. Ou “Bando de Lucas”, cujos participantes sujam o corpo com pó de carvão e abraçam quem está com roupa de passeio, numa irreverente forma de convidar para a vir à festa vestido a caráter.


Os pastores e seguranças da tal Igreja não gostaram de ter suas camisas sujas de carvão e este ano quase entram em confronto com o pessoal do bando. Alguns chegaram a se armar com pedaços de ferro para agredir aos meninos do Bloco do Sujo. Esse tipo de confronto pode ser evitado. Basta, para tanto, que eles fechem as portas do templo enquanto o bando passa, o que dura só alguns minutos.
Para o próximo ano, os organizadores devem solicitar o acompanhamento da Policia, para evitar confrontos e vandalismo. Aliás, o vandalismo pode vir até de pessoas infiltradas no Bando com o objetivo de jogar a opinião pública contra a festa. A história está cheia de precedentes.

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