Sempre Livre

Políticos cobram seriedade da Maçonaria

Há alguns dias escrevi um artigo onde relatei os motivos que me afastaram de alguns organismos sociais e filantrópicos como Igreja e Maçonaria. Muita gente ficou brava comigo, me agrediram verbalmente e até me ameaçaram. Em nenhum momento alguém se dirigiu a mim para refletir sobre o que eu disse, se estava certo ou errado, ou para reconhecer erros. É a velha história: Macaco não olha para o próprio rabo, e ninguém gosta de ver suas mazelas expostas, mas também não buscam consertá-las ou evitá-las.

A primeira reação é se fazer de ofendido e acusar o crítico de ter a pretensão de ser “melhor que os outros”. Como eu sei que, de um modo geral, eu sou pior que alguns e melhor que a maioria, vou continuar emitindo minhas opiniões e críticas, sempre construtivas, doa a quem doer. E não vou desperdiçar oportunidade para demonstrar que estou certo.

Há alguns dias, o senador Pedro Simon fez um apelo às sociedades, na tribuna do Senado. O apelo era para que o povo acabasse com a corrupção, não reelegendo os corruptos. Ele convocou o Lions, o Rotary, a Maçonaria e o povo em geral. O senador destacou os feitos passados da Maçonaria e pediu a todos os maçons que se engajassem nessa luta, saindo de suas Lojas e voltando a ser a Maçonaria combativa de outrora.

Foi aí que o senador Cristovam Buarque (que não é Maçom) pediu um aparte e sugeriu que a Maçonaria começasse, em casa, a dar o exemplo, punindo os seus membros corruptos e fazendo uma melhor seleção para novos iniciantes. Ele enfatizou, principalmente, os maçons que estão na política, fazendo o contrário do que se prega a filosofia e os preceitos da Ordem, numa alusão ao governador do DF, que é Maçom.

Nada contra o senador Cristóvam Buarque, mas sim à classe política a qual ele pertence que anda mais suja que pau de galinheiro. E nesse caso, são os políticos que estão cobrando seriedade da Maçonaria, principalmente em relação aos seus membros. E eu ouso fazer coro com os que afirmam que a Ordem está contaminada pelo vírus da infidelidade, da ganância, da desonestidade, falta de caráter e falta de ética. As Lojas estão cheias de elementos sem a menor condição moral e intelectual, despreparados que pouco lêem (menos de um livro por ano em média), convidam pessoas para a Ordem sem observarem suas vidas pregressas, e quando algum zeloso pela entidade, mostra seu verdadeiro caráter, é chamado de mentiroso e até ameaçado.

Muitos têm se afastado das Lojas por não concordarem com o que vêem, às vezes até preferindo sair, dando assim espaço para os sem caráter e sem escrúpulos. Apesar de tudo, da vergonha de ver o que está acontecendo e da falta de decoro, continuarei na luta, seguindo os preceitos que defendem a Liberdade, Igualdade e a Fraternidade.

Agora me convençam do contrário!