"A
Suécia vai introduzir oficialmente a jornada de trabalho de seis horas."
Foi o que
afirmou um vídeo visto recentemente pelo correspondente da BBC em Estocolmo,
Keith Moore.
O material já
foi visto cerca de 40 milhões de vezes no Facebook e explica ainda que os
trabalhadores do país vão continuar recebendo o mesmo salário, uma vez que os
especialistas descobriram que as pessoas produzem em seis horas o mesmo que
produziriam em oito.
A notícia foi
divulgada em vários países e, como Moore mora na Suécia, ficou entusiasmado.
Mas também se surpreendeu com o fato de que não tinha sido avisado da
diminuição de sua jornada de trabalho.
"Vou
morar na Suécia!!", comentou Sandra Andersson no Facebook. "Mas,
espera... eu já moro na Suécia. Não há jornada de trabalho de seis horas no meu
emprego, mas de nove e dez horas na maior parte do tempo. Mas me dão café
grátis para que eu não durma depois de trabalhar seis horas", acrescentou.
"Ou é
uma piada ou meu chefe é um comediante, pois sou sueco e definitivamente não
estou trabalhando nem vou trabalhar apenas seis horas por dia", afirmou
Eric Bergman.
Ou seja: a
verdade é a coisa não é bem assim na vida real.
Desilusão e experiência
O
correspondente da BBC entrevistou Kerstin Ahlberg, do Departamento de Direito
do Trabalho da Universidade de Estocolmo, para o programa "More or
Less", da BBC.
"Há
experiências, mas não há uma tendência geral para a jornada de trabalho de seis
horas", explicou a especialista. "O
que a lei diz na Suécia é que o tempo de trabalho não deve ultrapassar 40 horas
semanais, a não ser que sejam necessárias horas extras e, neste caso, o limite
é de 48 horas semanais", acrescentou.
Uma das experiências citadas por Ahlberg está
acontecendo em um lar para idosos na cidade de Gotemburgo, onde os patrões
estão observando se há uma melhora no cuidado com os moradores e nas condições
de trabalho para os funcionários.
Os administradores reduziram as horas de 80
enfermeiras assistentes - desde fevereiro elas trabalham seis horas por dia
recebendo o mesmo salário.
O grupo de controle, para comparação, é formado por
enfermeiras de outro lar para idosos que fazem os turnos normais.
Os resultados preliminares da experiência mostram
que parece existir uma diferença a favor das enfermeiras que trabalham menos
horas. Leia matéria completa no BBCBrasil.
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