sábado, 7 de janeiro de 2017

Cabeça de ministro da Justiça que mente tem de rolar

O Ministro da Justiça é um dos mais desastrados do governo Temer. Já vazou até operações da PF. Agora, apresentou um  plano de segurança reciclado, em uma verborreia interminavel e dedica-se a esconder a verdade da guerra de facções nos presídios.
 
Fosse só por isto ele seria apenas um ministro ruim, mas sua situação é muito pior. O Ministro teve a coragem de mentir diante de todo Brasil, no momento em que o país vive esta crise de segurança. Ele negou ajuda ao governo de Roraima  para controle do sistema prisional. A governadora pediu.  Ministro disse não. A governadora disse que enviou um ofício pedindo ajuda. O Ministro disse que ela pediu ajuda apenas sobre segurança pública e não sobre os presídios. A governadora mostrou a cópia do ofício.
 
O ofício foi enviado em 21 de novembro, pela governadora de Roraima, Suely Campos, em caráter de urgência, solicitando "apoio do Governo Federal, bem como da Força Nacional" para os presídios do estado. Ela alegou ainda "grande clima de tensão", e solicitou 180 pistolas para o sistema penitenciário, "que se encontra deficitário".
 
Moraes negou a solicitação. "Apesar do reconhecimento da importância do pedido de Vossa Excelência, infelizmente, por ora, não poderemos atender ao seu pleito", escreveu o ministro em resposta.
 
O ministro da Justiça mentiu. Um ministro de governo não deve mentir ao cidadão. O ministro da Justiça, mais que qualquer outro, não pode mentir. Um ministro da Justiça que mente aos brasileiros não pode mais ser ministro.
 
A sua cabeça tem de rolar. 

Imprescindível 

De todas as emoções, talvez, a mais necessária seja a sensação de que algo, ou alguém, nos é imprescindível. Do que, feito especiaria, sentença escrita em pergaminho, nos seja essencial, do que não se desfaz mesmo exposto aos ventos das erosões milenares, ao açoite do desimportante, da fragilidade, e da banalidade, que teima em diluir, em esgarçar, as permanências.
 
A absoluta necessidade de um amigo que reme a mesma nau dos insensatos; que proclame heresias, se necessário, em sua defesa; que lhe exija estar à altura. Ou a absoluta necessidade de um amor insubstituível - não destes seriais que repetimos boca em boca, na carne, a cada partida do anterior- como se seu nome pudesse ser dito em vão, e não fosse um palavrão obsceno e condenável a ser inscrito num ritual de martírio e gozo, como quem vai erigir um monumento irrepetível, sem lápide, ou exílio; um amor cujas juras são altares, cujos louvores são cantos sagrados, cujas comunhões são abalos sísmicos, cuja partida, que a vida é arrebatamento, glória e miséria, é amputação indelével.
 
É precisão que uma lealdade, um princípio, um valor, uma crença, uma escolha, seja como o fio das três deusas que tecem o destino, como aceiro que nos baliza, e da qual, nada, nem a morte, nem a alma, nem a salvação, nem as dores das condenações, nos apartará.
 
Em tempos de rasura, sou apenas falta.

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