sábado, 14 de janeiro de 2017

Geddel, a boca do jacaré e a sucessão baiana.

Como já disse,  o futuro da política baiana a Lava-Jato pertence, afinal, não só Geddel, mas outros já foram citados - em ambos lados- e considerando-se que o braço empresarial, ou as principais empreiteiras, são da Bahia, ainda deve haver muita roupa suja para ser lavada no tanque das delações premiadas. 
 
Náo custa lembrar que Wagner e seus relógios,  a campanha de Rui Costa, Aleluia, Negromonte (incrivelmente ainda no TCM), o vice João Leão ( aquele do "cagando e andando"), Antonio Brito, Arthur Maia, Lúcio Vieira Lima, Colbert Martins, Edvaldo Brito, Antonio Imbassahy, João Almeida, Jutahy Magalhães, Lomanto Junior, Claudio Cajado, Roberto Brito, Paulo Magalhães Jr, Adolfo Viana, Benito Gama, Daniel Almeida, Lidice da Mata,  fora os já condenados como Argolo, e outros, compõem uma significativa seleção de votos. Verdade que os fatos ainda estão pendentes das homologações do STF, mas muita gente vai sair com a asa baleada e impactar nas eleições. 
 
A bola da vez é o ex-Ministro Geddel, definitivamente amputado da chapa sucessória. Acusações a Geddel são antigas, desdo os tempos da briga com ACM que divulgou uma famoso vídeo intitulado: Geddel Vai as Compras. Agora, o ex-Ministro que já havia caído do governo Temer pelo tráfico de influência para liberar uma construção em sítio histórico, em Salvador, tombado pelo IPHAN, foi alvo de uma ação direta da PF que mostrou seu suposto recebimento de propinas em parceria com o "lombrosiano" Eduardo Cunha, como assim ele chamava seu atual cúmplice, quando eram desafetos.
 
As gravações, mais que comprometer Geddel, o transforma em chacota nos dizeres de Funaro, o operador de Cunha: ele é um "boca de jacaré para receber e um carneirinho para trabalhar", ou "esse porco é um folgado do ca***** ", desgastando uma imagem que já não era das melhores pelos desafetos que o Ministro sempre colecionou pelo estilo destemperado nas redes sociais. 
 
Evidente que a denúncia será aceita pela Justiça e, sem foro privilegiado, Geddel corre o sério e quase inevitável risco de ser preso. 
 
Preso ou não, Geddel,  está fora da chapa a sucessão baiana, embora vá manter algum poder. De qualquer modo o jogo fica ainda mais embaralhado e, já dizem alguns, fica mais valorizado o passe de José Ronaldo, prefeito de Feira, que anda se mexendo para fora da cidade, em direção a UPB, buscando prejetar seu nome para além do Contorno.
 
Ainda temos um ano de trabalho da PF, do MP e de Sérgio Moro. O que não vai faltar na política baiana este ano é pimenta. 

Nenhum comentário: