quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Para grupo de cientistas, mundo pode estar mais próximo do apocalipse



Um grupo de cientistas diz que o mundo se aproximou do apocalipse no último ano, diante de um cenário de segurança que vem se tornando obscuro e dos comentários do novo presidente americano, Donald Trump.

O Boletim dos Cientistas Atômicos (BPA, na sigla em inglês) moveu o ponteiro do relógio Doomsday, que simboliza quão próximos estamos de uma hecatombe, de três minutos para dois minutos e meio antes da meia-noite - quanto mais perto dela, mais iminente está o fim do mundo, na avaliação dos pesquisadores.

É o mais próximo que o relógio chegou da meia-noite desde 1953, quando o ponteiro foi movido para dois minutos por causa de testes de bomba de hidrogênio feitos pelos EUA e pela Rússia.

Em um relatório, o BPA disse que as declarações de Trump minimizando as mudanças climáticas, a expansão do arsenal nuclear dos EUA e o questionamento acerca das agências de inteligência contribuíram para o aumento do risco global. A chefe da BPA, Rachel Bronson, pediu aos líderes mundiais que "acalmem mais do que alimentem as tensões que podem levar à guerra".



O que é o relógio Doomsday?

O ponteiro dos minutos no Relógio do Juízo Final é uma metáfora de quão vulnerável à catástrofe o mundo está. O dispositivo simbólico foi criado pelo Boletim dos Cientistas Atômicos em 1947 - o BPA havia sido fundado na Universidade de Chicago em 1945 por um grupo de cientistas que ajudaram a desenvolver as primeiras armas atômicas.

Hoje, o coletivo inclui físicos e cientistas ambientais de todo o mundo, que decidem como ajustar o relógio após consultar também o Conselho de Patrocinadores do grupo - que inclui 15 prêmios Nobel.



Por que ele se moveu meio minuto para mais perto da meia-noite?

Nos últimos dois anos, o ponteiro do Relógio do Juízo Final permaneceu fixado em três minutos antes da meia-noite. Mas o BPA diz que o perigo de desastre global é ainda maior em 2017, e decidiu mover o marcador 30 segundos para a frente.

"Os comentários perturbadores sobre o uso e proliferação de armas nucleares feitos por Donald Trump, bem como a descrença no consenso científico sobre a mudança climática expressa por Trump, e por vários dos nomeados para o seu gabinete, afetaram a decisão da diretoria, assim como o surgimento de nacionalismo estridente em todo o mundo." Click no link e leia mais no BBCBrasil.



Nenhum comentário: