quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Os riscos do isolamento de Bolsonaro

Bolsonaro tem construído um isolamento progressivo dos governadores (com o desafio do ICMS, exclusão de governadores do Conselho da Amazonia, o que já gerou uma carta assinada por 20 deles); do Congresso (sim,  sabemos que quase todo  é chantagista, mas ele  tem aprovado suas medidas importantes e não pode ser menosprezado como um poder da República);  da imprensa (colocando todos em um balaio só, de forma sistemática e deliberada);  e do Supremo (compartilhando vídeo em que eles eram representados por hienas).
Esse isolamento produzido ao acaso, é uma estupidez; deliberado, é um perigo. Só faz isso quem é louco e não tem apego ao poder ou quem tem um plano B.
E Bolsonaro não é louco! Isso sim, me preocupa. Manifestação, não.

Escolas de samba, realidade e fantasia

 De repente as escolas de sambas do Rio de Janeiro- uma espécie de joint-venture entre o crime organizado e o Governo-, foram elevadas de patamar, passando de grandes produtoras de diversão, e de instrumento para amenizar a face dura do jogo do bicho e do tráfico, para geradoras de tratados sociológicos.
Seus enredos se tornaram teses sociais, e seus desfiles peças de resistência ideológicas. O sonho dos intelectuais de araque de criarem  Sorbonnes de barracão,  tinha se concretizado, descido ao asfalto, e  finalmente adquirido o status de redentor nacional.
Pena que ao final do desfile o bicheiro Bidi foi fuzilado com mais de 40 tiros. Era irmão de Maninho, também morto, com seu filho, em outra ocasião e filho de Waldemir Garcia, o Miro, um dos mais famosos bicheiros, e ex-presidente de honra (o termo não é uma ironia), da Salgueiro.
A realidade costuma ser implacável com as fantasias.

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