domingo, 13 de junho de 2021

Trovejou – tome cuidado!

Trovejou é sinal de chuva, geralmente com muitos raios. No tempo antigo, na zona rural, e o país era muito mais rural do que hoje, os cuidados eram enormes a partir do trabalho de cobrir espelhos e tudo que houvesse de vidro. Na verdade, os raios têm uma força descomunal sendo considerados como “o ato mais destrutivo da natureza” assim requerendo toda atenção possível.

Detalhe interessante é que o raio é uma descarga elétrica que não se dirige das nuvens para a terra como parece, e sim da terra para as nuvens.   Quando nuvens de tempestade se acumulam há separação das descargas elétricas. Acumulam-se cargas negativas na parte inferior da nuvem e cargas positivas  na sua parte superior e na terra. O raio origina-se quando a atração entre as duas cargas opostas se torna muito forte. Um imperceptível “raio guia” avança para o solo, estabelecendo a rota a ser seguida pelo raio. No retorno da terra, verificam-se os violentos estrondos com clarões.

A velocidade do raio chega ser 30 mil vezes maior  que a de uma bala e pode conter bilhões de volts e até 500 mil amperes, o que representa milhões de vezes mais força do que a corrente elétrica de uma casa residencial. O núcleo de pura energia de um raio mede de 13 a 19 milímetros, rodeado por um canal de ar superaquecido com 10 centímetros de grossura. O comprimento pode variar de 600 a 4.500 metros. Os raios são múltiplos e assim podem ocorrer mais de 40 em rápida sucessão em intervalos de até meio segundo.

Os raios podem ser quentes e frios ou, ao mesmo tempo as duas coisas. O raio quente é múltiplo e de longa duração, o que significa talvez um segundo, tem amperagem elevada e incendeia materiais inflamáveis na sua trajetória. O raio frio é muito mais rápido, porém no que pese ser mais explosivo, tem menor poder ignifero (poder de fogo). Um raio frio tem energia suficiente para erguer a dois metros um transatlântico de 50 mil toneladas. Os raios penetram em uma casa através de chaminés, instalações elétricas,  encanamentos, antenas de televisão ou pelo telhado. Todavia a  maior parte de acidentes com  raios ocorrem ao ar livre.

Durante uma tempestade, conforme técnicos no assunto, é conveniente ficar afastado de paredes, objetos metálicos, antenas, tubulações, fogões, pias e banheiros. O mais indicado é ficar no centro de um cômodo, longe de móveis e objetos. Um automóvel fechado é considerado o melhor abrigo, já que o chassi de aço inteiriço é um canal de livre acesso à terra. Em campo aberto a melhor saída é deitar-se ao chão com o corpo encolhido. Aguadas, cercas de arame farpado, árvores, mourões de madeira são um perigo. Estando em grupos no descampado a orientação é que as pessoas se afastem para não atrair raio. O melhor protetor contra esse fenômeno atmosférico ainda é um para-raios bem instalado.

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