sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ah! O medo.

O mundo está cansado de ditadores. Pelo menos lá pela Europa ou América do Norte, as populações são mais esclarecidas, educadas e cônscias dos seus direitos e deveres. Mas, aqui ou ali, principalmente na África, na Ásia ou nas Américas Central ou do Sul, ainda existem ditadores. Mas, vejam. Bastou um empurrãozinho para derrubar o ditador do Egito. Animadas pelo sucesso do povo egípcio, populações de outros países aproveitaram a deixa para também protestar e derrubar ditadores.

Não temos ditadura no Brasil, ainda. Mas somos presas fáceis. Não reclamamos de nada, não exigimos nada, aceitamos tudo. Temos pão, traduzido aí pelo Salário Mínimo, Bolsa Família, entre outras esmolas, e temos circo, traduzidos pelo Futebol, Carnaval e Big Brothers da TV. Pouco nos importa se sofremos com uma escorchante carga tributária, ou se os salários dos governantes são astronômicos, principalmente, pelo pouco ou nada que produzem.

Aqui ou ali nos dão a ilusão de algum avanço, como foi a extinção da CPMF. Mas, vejam. Ela já vai voltar, travestida de algum modo, mas sempre um imposto a mais. Temos a Lei Maria da Penha, que pega forte para com os covardes espancadores de mulheres. Mas, vejam os representantes do Poder Judiciário já querem (e vão conseguir) abrandar a lei, dar vida mansa para os trogloditas.

E vão conseguir porque somos bovinos, que seguimos pelos caminhos que nos indicam. Fazemos tudo que nos mandam fazer, porque desconhecemos a nossa própria força, e temos medo. Medo de polícia, medo de perder emprego, medo de assaltante, medo de perdermos a nossa boquinha, a nossa bolsa esmola. Medo de tudo. Como se ter medo fosse resolver alguma coisa.

Em um país de gente esclarecida a simples ameaça de uma CPMF já seria motivo suficiente para o povo ir às ruas e botar ordem (ou desordem) na casa. Políticos não são nossos patrões, são nossos empregados e têm que fazer o que queremos que façam. Deus do Céu! Quando é que vamos tomar consciência disto? Desse nosso papel na organização social? Quando é que vamos dizer: Chega! Vocês não servem mais! Estão demitidos! Vamos eleger outros.

Não creio mesmo que isso venha a acontecer um dia. Mas, quando me sinto assim, tão fragilizado diante do nosso medo coletivo, sempre me lembro das palavras de Mayakovisky: “Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que, um dia o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada”.

Um comentário:

Alex disse...

Gostei muito de suas palavras sobre a nossa atual dutadura, porém gostaria de comentar suas palavras sobre o oriente médio.

Em primenro lugar, gostaria de salientar que os islâmicos pouco se importam com democracia, isso não tem sentido para eles, o que els querem é o poder, lembre-se da revolução islâmica iraniana, o que está em jogo nas próximas cenas desse levante, é a manutenção do estado de Israel, e a criação de um bloco islâmico gigantesco, com dinheiro e armamento, breve poderemos observar a invasão de "refugiados" ante-cristãos se alojando em tuda europa, reproduzinho como coelhos e submentendo o ocidente.

Democracia islâmica é impossível.