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HDPA vai realizar tratamentos de Câncer de colo do útero

Após reunir-se com o secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla, o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Dr. Outran Borges, deixou acertado com o mesmo que o governo do Estado irá disponibilizar para o setor de Oncologia do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), um equipamento de Braquiterapia, que é uma ferramenta eficaz e segura para o tratamento do câncer de colo de útero.

Segundo o provedor, ele foi informado de que o equipamento já se encontra em Salvador e deverá vir em breve para o HDPA para ser instalado na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom) onde já existe um Bunker construído para receber equipamentos que tratam de cânceres através da radioterapia. Um acelerador Linear também deverá chegar para a Unacom até meados deste ano, para que outros tipos de cânceres também sejam efetuados naquele local.

A palavra braquiterapia tem origem grega (brachys = curto; terapia = tratamento) e define uma forma de tratamento desenvolvida pela colocação de materiais radioativos junto ao tumor. Os materiais determinam a liberação de altas doses de radiação apenas nas proximidades da área de implantação, sem que um grande número de células normais seja atingido. Os implantes podem ser temporários ou permanentes. O plano de tratamento é definido segundo o tipo de tumor, sua localização, as estruturas próximas e as condições clínicas do paciente.

A duração do tratamento é bastante variável. Na braquiterapia com baixas taxas de dose, a fonte radioativa é mantida no interior do organismo por alguns dias ou definitivamente. Já quando se trabalha com materiais com altas taxas de dose, a exposição é mais breve, durando cerca de alguns minutos.

Transplantes de rins e córneas

O provedor revelou também a possibilidade da implantação de serviços de transplantes de rins e córneas no HDPA. Essa possibilidade já havia sido negociada anteriormente com o governo do Estado, mas não evoluiu. Ele informou que o coordenador dos transplantes na Bahia, Dr. Heraldo Moura, visitou o hospital, gostou da estrutura e acenou com essa possibilidade. O Hospital Geral Clériston Andrade não terá esse setor de transplantes, como havia sido anunciado, porque entendeu-se que não é um local próprio, devido ao grande caráter emergencial do hospital. Já o Hospital Dom Pedro é o mais adequado por ser um hospital especializado.

O provedor informou que o Dr. Heraldo Moura deixou uma lista completa de todos os aparelhos e todas as modificações que precisam ser feitas para que o HDPA tenha condições de receber cirurgias de transplante de rins e córneas. Ele ressalta que o Governo está muito interessado e que o Dr. Heraldo, o deputado Zé Neto e o secretário de saúde do Estado, Jorge Solla, estão empenhados para que venha a acontecer.

Ele alertou para o fato de que pelo menos 400 pessoas em Feira e região precisam de transplante de rins, e que quando se fala em Salvador e região metropolitana esse número tende a aumentar. Tanto a parte burocrática (já que é preciso atender a pré-requisitos do Ministério da Saúde) quanto à financeira (ajustes requerem custos) são levadas em conta, afirmou o provedor.