Daniel Godri, em uma de suas
palestras, nos fala sobre uma coisa chamada “Memória de Uso Contínuo” e que os
estudiosos descobriram que, noventa por cento de nossos pensamentos são, quase
sempre os mesmos por causa dessa memória. Descobriram também que nossas
atitudes são influenciadas por essa “Memória de Uso Contínuo”. É, justamente
essa memória, que nos impõe a rotina do dia-a-dia, do acordar, tomar banho, ir
trabalhar, quase sempre pelo mesmo caminho e, muitas vezes nem percebemos
aquela casa que foi reformada ou pintada. É a nossa memória de uso contínuo no
comando.
Essa memória de uso contínuo
tem umas válvulas de escape que os estudiosos chamam de janelas. Quando você
procura lixo, automaticamente uma janela se abre e começa a entrar lixo.
Essa memória de uso contínuo
trabalha assim: se você ficar no meio de pessoas críticas ela vai começar a
encontrar defeitos nas pessoas. Você vai descobrir e criticar coisas que nunca
tinha percebido antes. Se você ficar no meio do lixo e velharias essa memória vai
procurar mais lixo e mais velharias e, se não encontrar, ela vai atuar
corroborando para que, pessoas ao seu redor, pactuem com sua maneira de procurar
lixo e velharias.
Daniel Godri nos dá uns
exemplos muito interessantes; se alguém está na fila de emprego e começa a se
lamentar pelo tempo que está desempregado, logo uma dessas janelas se abre e
começa a aparecer pessoas trazendo mais lixo. “Também, o desemprego está grande. O que a gente pode fazer? É culpa do
governo” Logo outra janela se abre. Chega mais alguém trazendo
mais lixo: “nem adianta você procurar
emprego, eu estou há mais de dois anos desempregado”. Isso condiciona nossa
memória de uso contínuo. De tanto ter lixo entrando por essas janelas, a
memória de uso contínua começa a gostar de lixo. Dessa maneira nós passamos a
ser co-autores do nosso próprio destino e, cada vez mais, nos conectamos com o astral
interior, em busca desse lixo.
Se alguém, ao nosso lado, começa a falar de um
acontecimento trágico isso nos motiva a prestar atenção a cada detalhe. Diante
da Tv, os assuntos mais interessantes são os acontecimentos trágicos e as
novelas demoníacas, mesmo condenando o trabalho dos figurantes, é impossível mudar
de canal.
Quem planta lixo colhe lixo.
Quem planta dor de cabeça colhe dor de cabeça, mas, não plantar nada e colher o
lixo dos outros, é burrice. Se o lixo das novelas diabólicas, o lixo dos
programas jornalístico e as conversas dos amigos e vizinhos não lhe servem, deixe que eles os colham.
Lixo atrai lixo. Se
insistirmos em manter essa janela “Memória de Uso Contínuo” aberta, logo, logo
vamos conviver dentro de um tremendo “Aterro Sanitário de Uso Individual
Contínuo” e nenhum guia espiritual, nenhum centro espírita, vai poder prestar
grande ajuda sem que, antes, façamos uma boa reforma moral.
Conrado Dantas
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