quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Que Deus tenha piedade de nós!



Daniel Godri, em uma de suas palestras, nos fala sobre uma coisa chamada “Memória de Uso Contínuo” e que os estudiosos descobriram que, noventa por cento de nossos pensamentos são, quase sempre os mesmos por causa dessa memória. Descobriram também que nossas atitudes são influenciadas por essa “Memória de Uso Contínuo”. É, justamente essa memória, que nos impõe a rotina do dia-a-dia, do acordar, tomar banho, ir trabalhar, quase sempre pelo mesmo caminho e, muitas vezes nem percebemos aquela casa que foi reformada ou pintada. É a nossa memória de uso contínuo no comando.
Essa memória de uso contínuo tem umas válvulas de escape que os estudiosos chamam de janelas. Quando você procura lixo, automaticamente uma janela se abre e começa a entrar lixo.
Essa memória de uso contínuo trabalha assim: se você ficar no meio de pessoas críticas ela vai começar a encontrar defeitos nas pessoas. Você vai descobrir e criticar coisas que nunca tinha percebido antes. Se você ficar no meio do lixo e velharias essa memória vai procurar mais lixo e mais velharias e, se não encontrar, ela vai atuar corroborando para que, pessoas ao seu redor, pactuem com sua maneira de procurar lixo e velharias.
Daniel Godri nos dá uns exemplos muito interessantes; se alguém está na fila de emprego e começa a se lamentar pelo tempo que está desempregado, logo uma dessas janelas se abre e começa a aparecer pessoas trazendo mais lixo. “Também, o desemprego está grande. O que a gente pode fazer? É culpa do governo” Logo outra janela se abre. Chega mais alguém trazendo mais lixo: “nem adianta você procurar emprego, eu estou há mais de dois anos desempregado”. Isso condiciona nossa memória de uso contínuo. De tanto ter lixo entrando por essas janelas, a memória de uso contínua começa a gostar de lixo. Dessa maneira nós passamos a ser co-autores do nosso próprio destino e, cada vez mais, nos conectamos com o astral interior, em busca desse lixo. 
          Se alguém, ao nosso lado, começa a falar de um acontecimento trágico isso nos motiva a prestar atenção a cada detalhe. Diante da Tv, os assuntos mais interessantes são os acontecimentos trágicos e as novelas demoníacas, mesmo condenando o trabalho dos figurantes, é impossível mudar de canal.
Quem planta lixo colhe lixo. Quem planta dor de cabeça colhe dor de cabeça, mas, não plantar nada e colher o lixo dos outros, é burrice. Se o lixo das novelas diabólicas, o lixo dos programas jornalístico e as conversas dos amigos e vizinhos não lhe  servem, deixe que eles os colham.
Lixo atrai lixo. Se insistirmos em manter essa janela “Memória de Uso Contínuo” aberta, logo, logo vamos conviver dentro de um tremendo “Aterro Sanitário de Uso Individual Contínuo” e nenhum guia espiritual, nenhum centro espírita, vai poder prestar grande ajuda sem que, antes, façamos uma boa reforma moral.


Conrado Dantas

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