domingo, 10 de novembro de 2013

Cientistas desenvolvem chip que se dissolve na água


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A novidade vem da Universidade de Illinois, nos EUA: chips eletrônicos fabricados com seda que se dissolvem completamente na água ou em fluidos corporais. A ideia é quebrar paradigmas e encontrar formas de contribuir para a diminuição de lixo eletrônico que se acumula ao redor do mundo.
A princípio, três áreas de aplicação são estudadas como possibilidade. Primeiro, em implantes médicos, executando funções de diagnóstico por tempo determinado – sendo dissolvidos e reabsorvidos pelo corpo depois de um tempo.
Segundo, podem servir para monitoramento ambiental em situações como um derramamento de produtos químicos – depois de enviar as informações necessárias, se degradam. E por último, como parte de dispositivos eletrônicos como celulares, que hoje em dia são substituídos em uma velocidade impressionante.
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“Desde o começo da indústria de eletrônicos, um dos principais objetivos têm sido construir dispositivos que duram para sempre – com um desempenho completamente estável. Mas se você pensar na possibilidade oposta (dispositivos que são projetados para desaparecer fisicamente de uma forma controlada e programada) outras possibilidades de aplicação completamente diferentes irão se abrir “, afirmou John A. Rogers, que liderou a equipe de trabalho, no site da universidade.
Apesar de interessante, é importante mencionar que hoje a indústria de eletrônicos não tem se preocupado com a durabilidade de seus produtos. Ao contrário: é cada vez mais raro adquirir bens de consumo que serão usados por anos (liquidificadores, impressoras, máquinas de lavar, celulares…). É a chamada obsolescência programada, muito bem discutida no documentário “Comprar, jogar fora, comprar: A História Secreta da Obsolescência Programa”, disponível na íntegra no YouTube.
De acordo com o site Ciclo Vivo, a pesquisa vem causando polêmica entre a comunidade científica, já que o produto pode apenas transferir, do solo aos corpos d’água, a contaminação por metais pesados e outras substâncias perigosas.

Imagens: Beckman Institute, University of Illinois and Tufts University


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