sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Diplomacia



         Cedo descobri uma maneira de encarar a vida que me satisfaz plenamente. Dou às pessoas o que elas me dão. Se me tratam com respeito, eu as respeito; Se me tratam com desprezo, eu as desprezo; Se me tratam com amizade, receberão a minha em troca; Se mentem para mim, minto para elas; Se são sinceras comigo, sou sincero com elas. E assim por diante. Quanto a agressividade, sempre soube repelir os valentões e as agressões verbais. Devolvi as calúnias, xingamentos e todo o tipo de “presentes” que me enviaram, que permaneceram com quem os enviou.

         Não me lamento, não mal digo a vida, não me queixo de nada. Nem de Deus, nem do diabo.  Muito jovem tomei consciência de que tudo que me acontece é da minha inteira responsabilidade. Não transfiro isso para ninguém. Assumo todos os meus erros e pecados, minhas vitorias, minhas derrotas, tudo enfim. Nem Deus, nem nenhum homem tem culpa de nada do que me acontece.

         Todo esse nariz de cera, é para dizer que não concordo com a tal diplomacia. Para mim ela serve aos políticos, para que enganem seus adversários e seus seguidores enquanto ganham tempo para esconder seus deslizes enquanto articulam seus sórdidos jogos de poder. E serve às pessoas comuns que, por medo ou conveniência, preferem mentir e evitar confrontos do que encarar a verdade de frente. Digo tudo isso porque estou cansado de ver essa tal diplomacia emperrar o desenrolar dos fatos e encobrir verdades.

         Vejamos o caso da espionagem americana sob outros países. Descobriram a formula da bolachinha de goma. Como se não soubessem que todos os países do mundo espionam uns aos outros em todos os níveis. Sejam políticos, comerciais, industriais, sociais e religiosos até. E nessa onda entrou a nossa patética presidente para exigir desculpas de uma das nações mais poderosas do mundo. Ridícula!

         Outro caso é Cuba. Fidel Castro é um tirano e o regime cubano é uma ditadura que mantem seus cidadãos sob o domínio do medo, tratando-os como propriedade do estado, simples mercadorias. Não por acaso todos que conseguem se afastar dos limites da ilha procuram logo um jeito de fugir como é o caso dos médicos no Brasil. E é esse o tipo de regime que o PT está tentando implantar no Brasil, com relativo sucesso até então.

         As pessoas que defendem esse tipo de regime geralmente se acham superiores aos seus semelhantes, e por isso acreditam que numa ditadura terão privilégios porque apoiam o regime. Não sabem esses infelizes que para o ditador ele não passa de mercadoria ou pau mandado.  Assistir ao filme “Papilon” onde um homem maduro chega a uma ilha prisão e passa o resto da sua vida tentando escapar. Ele consegue já depois de muito belho e arriscando-se a morrer no mar. O que me chamou a atenção no filme é que o chefe da ilha prisão, também de lá não sai, bem como todos os demais carcereiros, constituindo-se assim tão prisioneiros quanto os assim chamados.

É o que acontece na ditadura. Todos são prisioneiros dela, inclusive o ditador. Não há diplomacia que esconda isso.      

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