segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Perguntas proibidas



É muito comum uma pessoa convidar seus amigos a visitarem sua igreja, templo, casa de oração ou coisa parecida. Esse ato é de grande valia já que esse convidado pode se tornar um novo adepto de seu grupo. Isso conta ponto e também prestígio para quem o convidou.

No espiritismo isso é um pouquinho diferente, mas pode acontecer. Vamos sempre lembrar que aderir ou compreender os ensinamentos da espiritualidade depende bastante da proposta reencarnatória de cada um. Como minha mãe sempre dizia: “quem nasceu pra ser lenhador, morre com o machado na mão”.  Não adianta lhe oferecer um “iPod” que ele não aceita a troca.  Mesmo assim, isso não o impede de ser feliz nem ter um grande coração.

Não há nada proibido, mas de acordo a sintonia espiritual de cada um, aliada à proposta que a espiritualidade teceu para o mesmo, nesse plano terreno, os assuntos podem se tornar compreensíveis, empolgantes, místicos, primitivos ou simplesmente algo na contramão dos princípios pregados por alguns líderes religiosos.

Tem pessoas que chegam a reagir “filosoficamente” enquanto outras reagem “grosseiramente” ao ouvirem essa frase: “eu sou espírita”.

Tem gente que tem uma atuação no espiritismo limitada à leitura de um bom romance espírita, outros, à leitura das obras básicas de Kardec.

Todos estão corretos e fiéis às suas propostas reencarnatórias.

Não se deve condenar um aluno de nível primário por não compreender uma equação matemática complexa ou por desconhecer alguns conceitos de física, química, etc.

Essa questão deve ser vista com restrições, pois até dentro do espiritismo, entre os participantes veteranos e assíduos, também existem questões que devem ser analisadas antes de serem postas à mesa.

Medindo o tempo pelo calendário da espiritualidade, me lembro de um tempo, não muito distante, em que fiz algumas perguntas indevidas a amigos de grande bagagem espiritual. Eis algumas perguntas:

- Já que a espiritualidade é mais evoluída que o nosso mundo terreno, porque ela mantém cidades fortificadas com muralhas como se vivessem em tempos medievais?

- Quem são os guerrilheiros que atacam as cidades espirituais com armas poderosas e que nem sabemos se são letais ou não?

- Geralmente as cidades espirituais têm sistemas de defesa para contra-atacar esses guerrilheiros invasores. Quem são esses soldados de defesa e quem fabrica suas armas?

- Para se fabricar armas capazes de competir com esses guerrilheiros do Umbral alguém, altamente evoluído espiritualmente ou cientificamente, deve assumir essa incumbência. Será que algum Carls Sagan, Einstein, Max Planck, Chico Xavier, Gandhi ou Jesus se prestaria a esse tipo de colaboração?

Plagiando um amigo católico, simpatizante do espiritismo; “Tem espírita que foge dessas perguntas como Drácula foge da cruz”. Sendo assim, eu as repasso aos que não tiveram tempo de fugir.
As respostas podem ser encontradas em livros, na Internet ou com espíritos superiores, porém o entendimento pode ficar ofuscado devido a proposta reencarnatória que, cada um, se prontificou, perante a espiritualidade.  

Conrado Dantas

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