quinta-feira, 10 de julho de 2014

Alex Ferraz

PADRÃO BRASIL
A média anual de mortes por homicídio no Brasil é maior que a de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169,5 mil pessoas morreram nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio no mesmo período foi 192,8 mil.  Os dados são de um estudo do Instituto Sangari.

Frase: "Nunca seja arrogante com os humildes. Nunca seja humilde com os arrogantes." (Jefferson Davis, 1808-1889, estadista norte-americano)

De volta à realidade cruel e humilhante
"A gente nunca sofreu tanta humilhação". A frase, em tom de dramático desabafo, foi dita por uma torcedora entrevistada pela televisão após a goleada sofrida pelo Brasil diante da Alemanha.
Uma outra torcedora disse: "Esta foi a maior vergonha que o Brasil já nos deu".
Ledo engano, mocinhas deprimidas. As pessoas que chegam à meia-noite para entrar numa enorme fila a fim de ter a esperança de conseguir, de manhã, senha para marcar um exame médico, exame este que pode ser marcado em prazo até de meses, sempre sofrem terrível humilhação proporcionada por esta pátria madrasta.
Aqueles que tem parentes ou amigos exterminados pela violência, que dizima cerca de 50 mil pessoas por ano no país, também sofrem eternamente de humilhação brutal, agravada pela impunidade que mantém livres os assassinos.
Os alunos que passam boa parte do ano sem aulas em função de greves ou aqueles estudantes que se amontoam em galpões que fazem às vezes de salas de aula na zona rural (notadamente, como sempre, no Norte e Nordeste) também são humilhados, vilipendiados em seus mínimos direitos.
É esta a realidade que estava mais uma vez escondida pela névoa do ufanismo, da alienação que infelizmente proporciona um esporte bonito como o futebol. Agora, voltemos aos preços cada vez mais caros nos supermercados, à ladroagem impune de políticos que desdenham dos eleitores e ao caos diário do ex-país do futebol.

Uma troca
de passes

Há algum tempo, em visita à Europa, a presidente Dilma esteve na Alemanha - no auge da crise europeia - e ousou dar conselhos à chanceler Angela Merkel sobre como conduzir a terceira maior economia do mundo. A governante alemã, indignada, reagiu: "Quem é esta senhora que vem aqui me ensinar a governar meu país?"
Pois bem. Agora, Merkel veio ao Brasil e ensinou a Dilma como jogar futebol. Hehehe...

A fórmula da
civilidade

Dignidade, disciplina, humildade, apuro técnico, cidadania total e, portanto, um patriotismo saudável. Eis a fórmula da Alemanha, na sua vida cotidiana e que, aplicada à seleção de futebol, deu no que deu. Parabéns!
Em tempo: vocês notaram que eles sequer vibravam muito com os gols, que respeitaram tanto os brasileiros a ponto de evitar uma goleada mais elástica? Pois é...

A fórmula da
arrogância

Nunca suportei Felipão (e tenho dito isso aqui há meses, portanto não é efeito pós-7x1). Cara feia pra mim é fome, com o diz o dito.
E a sua arrogância, a sua prepotência, é algo de irritar um monge budista. Deu no que deu...

Lá vem grana
portuguesa

Notícia de Cláudio Humberto: "Os principais bancos privados de Portugal foram oferecidos para aquisição aos maiores bancos brasileiros, durante reunião-almoço em São Paulo. Em princípio, os portugueses propuseram que os brasileiros adquirissem parte das sociedades, mas depois evoluíram para a venda do controle acionário. Estiveram no almoço, realizado a pedido dos portugueses, representantes das suas maiores instituições financeiras. Portugueses dizem preferir vender o controle dos bancos a brasileiros, a entregá-lo, como seria inevitável, a europeus." Êita!

Fichas-sujas
seguem impunes

Notícia do blog Tribuna da Imprensa: "Dados publicados pelo Conselho Nacional de Justiça informam que o Brasil tem 14 mil políticos inseridos no universo dos fichas-sujas. Trata-se do pequeno grupo de homens públicos que foram alcançados pelo Poder Judiciário em ações com as quais engordaram substancialmente suas reservas privadas. Indevida e criminosamente. Diz-se pequeno grupo porque na verdade o Judiciário brasileiro é moroso, ineficaz e muito seletivo nas suas conclusões, fazendo com que a corrupção, a falsidade ideológica e o peculato, esses os crimes praticados contra o patrimônio público mais comuns, não sejam afetados na sua apuração." Sem comentários.

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