sábado, 19 de julho de 2014

Alex Ferraz

PRIVILEGIADOS
Em Brasília, parlamentares fazem acordo esdrúxulo, driblam a Constituição (sempre estão se lixando para ela, aliás) e conseguem "férias" de dois meses para cuidarem de suas candidaturas. Isso depois de 80 dias sem trabalho por causa da Copa. Em tempo: continuam ganhando seus salário nababescos. E o povo que se lasque. E vote! É demais...

Frase: "A civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a." (Voltaire)

De Copa, BRICS e o lixo sob o tapete
Embora tenha sido desastroso em campo, o Brasil deu um show de segurança durante a Copa do Mundo, e repetiu o feito, mais recentemente, com o encontro do BRICS.
Fronteiras foram fiscalizadas com rigor, no caso da Copa, e quase duas centenas de estrangeiros tiveram sua entrada impedida.
O rigor, claro, tinha tudo a ver com a visibilidade do País lá fora, e, mais ainda, com a presença da nata do futebol (incluindo a cartolagem gatuna de Fifa) e de importantes chefes de Estado de todo o mundo.
No entanto, quado de trata da segurança interna, para cidadãos que se matam no trabalho, têm péssimo transporte etc., nada funciona. O crime continua crescendo, armas entram por todas as fronteiras, drogas também. E quando a Polícia vai aos bairros pobres, chega arrombando portas, xingando a todos e atirando (um espetáculo de ilegalidades).
Na Bahia, presenciamos anteontem barbáries em Amargosa e Maragojipe, perpretadas por bandidos. São crimes recorrentes, assim com as explosões de caixas eletrônicos.
Em diversas capitais, quiçá em todas, há bairros inteiros onde carteiros, caminhões de mudança e nem mesmo a Polícia entra.
Então é isso: enquanto fazemos cena para quem vem de fora, escondemos sob o tapete um tenebroso lixo social. Quem duvidar que visite os chamados "bairros populares" e as cadeias medievais onde 100 presos lotam uma cela que seria para 20, dormindo em pé em, entre fezes. Somos uma farsa social, enfim.
O futebol e
o caos (I)

Durante a Copa das Confederações, toleramos.
Na Copa do Mundo, que jeito?
Mas aturar, anteontem, o caos absoluto nos bairros em torno da Fonte Nova por casa de um jogo entre Bahia e São Paulo, tenha paciência. Não dá!
O futebol e
o caos (II)

Será que a Transalvador resolveu nos deixar como "legado" da Copa a absurda restrição de acesso ao Bonocô e outras áreas, além do caos no bairro de Nazaré e paralisação total no Vale de Nazaré, sentido Bonocô?
Foi o que aconteceu anteontem. Por mais público que tenha o estádio, por mais fervorosos que sejam os torcedores tricolores, é inexplicável. Que o fato não se repita nos próximos jogos, é o que espera o bom senso.
O futebol e
o caos (III)
Só para lembrar: a rua que faz estratégica ligação entre Nazaré e a região da Djalma Dutra, ladeira que se inicia ao lado do Hospital Santa Luzia, foi bloqueada com blocos de concreto durante a Copa. Mas esqueceram de tirá-los. Ou temos mais um legado? Enquanto isso, reina o inferno no Largo das Sete Portas, sem qualquer providência. Haja saco!
E eis que o
Haiti é lá

Centenas, quiçá milhares, de argentinos ainda não voltaram para casa após a Copa.
Perambulam pelas ruas do Rio de Janeiro, onde vendem artesanato para conseguir pão e leite. Muitos apelam para ajuda pública. Não têm dinheiro para voltar.
Demonstração clara da péssima situação econômica e social da Argentina. Qualquer semelhança com o Haiti não será mera coincidência...
Mais Médicos
e menos paciência

Curioso: vieram os milhares de médicos cubanos, mas os pacientes estão cada vez mais impacientes.
É que não acabaram as imensas filas em postos de saúde e hospitais. Como se explica?

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