Profissão criada no final do século XIX, o pediatra é o médico que cuida não só da criança e do adolescente, mas que também acolhe os pais e toda a família durante uma consulta. Orienta, acalma, alerta e acompanha de perto toda a evolução do seu jovem paciente. O dia 27 de julho, é dedicado a este profissional, instituído a partir da fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria, em 1910.
Há algum tempo os noticiários dão conta
da escassez de profissionais pediatras no Brasil. Atualmente o Brasil tem cerca
de 32 mil pediatras (são quase 400 mil médicos registrados no Conselho Federal
de Medicina. Além do número ser bastante aquém das necessidades, muitos estão
fechando seus consultórios e migrando para os hospitais, devido à baixa
remuneração dos planos de saúde (em média R$ 66,00 por consulta). Essa migração
para os hospitais, sobrecarrega os que ainda resistem nos consultórios. Também
torna mais difícil uma relação próxima com a criança.
É comum as queixas de mães que tem que
esperar até dois meses para conseguir uma consulta para um filho com um
pediatra através dos planos de saúde. Nos ambulatórios e postos de saúde também
há a mesma carência.
Até uns quinze anos atrás, um quarto dos
alunos de cada turma das faculdades e medicina tinham preferência por
pediatria. Por que será que os estudantes atualmente não querem mais saber de
pediatria? Relatos de estudantes residentes mostram que eles preferem
especialidades que tenham procedimentos – exames, cirurgias, ações pagas à
parte, porque isso leva a uma melhor remuneração. Na pediatria isso é raro. O
dia-a-dia é feito só de consultas. E consultas demoradas. Sem contar os
telefonemas em casa qualquer hora do dia ou da noite.
Resumindo: O pediatra trabalha muito,
recebe telefonema em casa, tem que estar à disposição da família. E ganha
pouco.
Pós-graduação
A pediatria pode ser considerada uma
pós-graduação do curso de medicina. Após o término da faculdade, que dura seis
anos, o médico faz um curso especial voltado exclusivamente para pediatria, com
duração de dois anos. Esta é a chamada residência médica.
Na residência médica, o futuro pediatra
em formação adquire o conhecimento e as habilidades necessárias para tratar uma
ampla gama de condições, de doenças benignas da infância até doenças mais
graves.
Após
a conclusão de residência médica, o pediatra está habilitado a fazer um exame
escrito, aplicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É a prova para
"Título de Especialista em Pediatria".
Uma vez aprovado, é emitido um
certificado, que você provavelmente vai ver pendurado na parede do consultório
do pediatra.
Na
sequência, alguns pediatras optam por um adicional de um a três anos de
formação nas especialidades, tais como neonatologia (cuidados de recém-nascidos
doentes e prematuros), cardiologia pediátrica (diagnóstico e tratamento de
problemas do coração em crianças) ou hebiatria (atenção à saúde do
adolescente), por exemplo.
Estes especialistas são em geral
consultados quando um paciente desenvolve problemas incomuns ou especiais.
(Com informações
do site http://www.pediatriabrasil.com.br)
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