quarta-feira, 9 de julho de 2014

Alex Ferraz

RARÍSSIMO
Com 84 anos de vida, 65 dos quais dedicados à vida pública, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) anuncia que não vai entrar na disputa pela reeleição em outubro deste ano. Eis aí um raríssimo espécime da fauna política que jamais foi atingido por qualquer acusação de improbidade. Parabéns!

Frase: Passou o Dois de Julho e os bandidos voltam a dominar o bairro

Só o caboclo resolve a violência na Lapinha
Diversas vezes comentei aqui a insuportável violência que reina na Lapinha e Barbalho. Também falei que os cuidados com a segurança e outras questões da Lapinha se limitariam à véspera do Dois de Julho, ao dia propriamente dito e até a volta do caboclo. Dito e feito.
Passados os festejos, o local voltou a ser o paraíso dos bandidos, que, pelo visto, zombam da Polícia. Aliás, nem isso, até porque Polícia é coisa mais difícil ali. Guarda Municipal? Nem pensar.
Diante disso, os assaltos são diuturnos. A qualquer momento, em qualquer circunstância. Vejamos o que ocorreu no último sábado. A dona de um salão de beleza que vive cercado de grades teve que abrir a porta para clientes e não deu outra: bandidos invadiram o local, saqueram todo mundo e saíram numa boa. Tudo isso em plena luz do dia, às oito horas da manhã.
Resta saber o que as autoridades de segurança pública têm contra os moradores da Lapinha, sítio histórico de Salvador, local onde há pelo menos sete grandes colégios, entre públicos e particulares, um convento tradicional, e abriga a "residência" do caboclo do Dois de Julho, tão venerado pelas autoridades e políticos em geral durante a festa. Aliás, sem terem para quem apelar, os moradores acham que, agora, só resta ir chorar no pé do caboclo.

O lado patético
da rede social (I)

Anteontem, por volta das 13h, eu almoçava num restaurante simples, no Centro, e, com a inevitável curiosidade jornalística que nos é inata, observava três pessoas na mesa em frente à minha.
Elas almoçavam em silêncio, de olhos nos pratos, e assim que acabaram a refeição sacaram, praticamente ao mesmo tempo, seus smartphones, e entraram em frenética porém silenciosa "conversa" pelas redes. Mudas ficaram até vir a conta, que pagaram em silêncio, e saíram do restaurante.

O lado patético
da rede social (II)

Nada contra a mídia eletrônica, hoje indispensável.
Mas tudo a favor de que se mantenham pelo menos a bases saudáveis do relacionamento humano direto, pessoal.
Quando vejo cenas como aquela é inevitável lembrar Einstein, que disse algo mais ou menos assim (em protesto, neste momento recuso-me a ir ao Google para confirmar a frase exata...): "Quando a mídia eletrônica dominar o mundo, teremos uma geração de idiotas". Pois é...

A voz das ruas
 e a surdez (I)

A notícia: "Faltando três meses para as eleições, e tendo no fim de semana apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral bolorentos programas de governo, os candidatos à presidência da República não se deram ao trabalho de  traduzi-los para consumo popular. Vão iniciar oficialmente suas campanhas sem que o eleitorado possa identificar suas marcas registradas." De Carlos Chagas, na Tribuna da Imprensa.

A voz das ruas
e a surdez (II)

O comentário: passado um ano das grandes e significativas manifestações públicas que chegaram a levar um milhão de pessoas às ruas do Rio, por exemplo, a chamada "voz das ruas" entrou por um ouvido e saiu pelo outro na classe política e seus assessores.
Apostem que os discursos de campanha, de TODOS, serão os mesmos insossos, fantasiosos e hipócritas de sempre. Mudar para quê?

Cadê o legado,
senhores?

Não, não é Copa! Falo dos vereadores que, tendo assumido há menos de dois anos, estão saindo agora para candidatar-se a deputado.
Pergunto: foram eleitos pelo povo da cidade para cuidar da mesma. O que fizeram nesse pouco tempo? Que trampolim, hein!

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