quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Alex Ferraz

Lula
Deu na coluna do Cláudio Humberto: "A força-tarefa que desmantelou a roubalheira na Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato, considera inescapável o depoimento do ex-presidente Lula sobre fatos investigados, reforçados em depoimentos sob delação premiada. Discute-se a maneira mais adequada de ouvir o depoimento de Lula, que em princípio ainda não é um investigado."

Atingindo o pré sal da Petrobras
Sem maiores delongas, transcrevo aqui trecho de esclarecedor artigo publicado no blog Tribuna da Imprensa, aprofundando a visão da enorme crise da Petrobras: "Quanto mais fundo se mergulha na Operação Lava Jato, mais cresce o risco de que ondas de choque se propaguem para além das empresas diretamente envolvidas no escândalo e atinjam outros setores da economia brasileira. Com a paralisação dos pagamentos da Petrobras a fornecedores e a possibilidade de as empreiteiras investigadas serem apontadas como inidôneas, os bancos podem se ver bafejados pelo furacão — não porque haja indícios de que tenham participado de maracutaias, mas porque essas empresas gigantes têm com eles muitos compromissos financeiros. Com isso, talvez não leve muito tempo até que a investigação se reflita bolso de cada brasileiro por meio da redução da oferta de crédito.
Na Avenida Faria Lima, que reúne a nata do setor bancário em São Paulo, o clima é tenso — alguns chegam a dizer ‘desesperador".

Ainda sobre a crise (I)
Prossegue o artigo: "Escritórios de advocacia disparam relatórios a seus clientes tentando antever os efeitos das possíveis sanções às empreiteiras. Banqueiros de instituições nacionais e estrangeiras se movimentam para tentar calcular o tamanho do estrago, caso a Petrobras deixe de honrar alguns de seus compromissos financeiros."

Ainda sobre a crise (II)
E tem mais: "No caso das construtoras, o temor é que a paralisação dos empreendimentos afete as receitas de tal forma que torne inviável o pagamento de títulos de dívida emitidos para financiar obras, que têm bancos e fundos como principais credores.
O medo se justifica pelo fato de as instituições financeiras estarem expostas ao risco comercial das empresas, já que não há garantias exigidas para títulos emitidos no mercado de capitais.

Ainda sobre a crise (III)
E vamos ao fundo do pré sal da corrupção: "Mesmo as dívidas contraídas com garantias são alvo de inquietação. Isso ocorre porque as linhas de crédito são calculadas com base em ganhos futuros provenientes de projetos de infraestrutura — o que, no jargão econômico, é chamado de alavancagem. Caso as obras sejam paralisadas ou troquem de mãos, os bancos que levarem calote terão de executar as garantias dadas pelas empresas, o que implicaria na judicialização dos contratos. Ocorre que, pela burocracia do processo de execução, essa é a alternativa que menos agrada os credores."

E por falar em Petrobras...
Achincalharam de tal forma a imagem desta grande empresa que o preço de suas ações virou piada na internet. Uma delas diz que o Kinder Ovo traz como brinde, neste Natal, uma ação da Petrobras.
A outra especula: o que chegará primeiro a R$ 5: o litro da gasolina, o dólar ou a ação da Petrobras? Tragicômico.

Pneus redesenhados
Um  leitor que já trabalhou no ramo de compra e venda de pneus diz, a propósito de nota desta coluna, que redesenhar, a mão e usando um ferro quente, pneus completamente carecas é prática muito comum em Salvador, nas borracharias,. Um perigo! Que os órgãos fiscalizadores tomem as devidas providências.

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