quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Brasileiros criam descarga (quase) a seco que não agride meio ambiente

Um dia, em março de 2010, o gaúcho Ezequiel Vedana acordou pensando: por que a gente gasta tanta água para dar descarga? Hoje, aos 26 anos de idade, ele é CEO (bitch!) de uma empresa que criou um dispositivo capaz de usar uma pequena porção de solução química biodegradável para desodorizar a urina e higienizar o vaso sanitário, sem utilizar uma gota de água da descarga sequer: o Piipee.
dando-joinha
Com apenas três pessoas de vinte e poucos anos, composta por alunos graduados da Universidade de Caxias do Sul (Ezequiel em Relações Internacionais, Ariane Tamara Pelicioli em Psicologia e Bruno Rafael de Souza com MBA em Branding), a empresa está sediada na cidade de Bento Gonçalves – a 470 km de Florianópolis. Em três anos de existência, já esteve entre os melhores do Desafio Brasil em 2013 e foi finalista da edição deste ano do Inovativa Brasil.
Vedana afirma que o foco do produto sempre foi a praticidade e a sustentabilidade. O Piipee é instalado por fora do vaso, ao lado [veja a imagem abaixo] e, na hora de fazer xixi, ao invés de dar descarga convencional, é só apertar o “plugin-sanitário”. Pronto: um spray é disparado em toda a parte interior do assento. De acordo com os criadores, a solução age diretamente na urina, acabando com o odor e mudando a coloração para um “verde clarinho como se você tivesse acabado de limpar tudo”. Os componentes da solução se reintegram de forma não poluente à natureza em vinte dias, garante o CEO.
pipiiii
Atualmente, uma regulamentação federal estabelece que, no Brasil, não se pode produzir descargas que gastem mais de seis litros. Porém, de acordo com Vedana, ainda há cerca de 100 milhões dessas peças no país que foram instaladas antes da norma e que chegam a gastar entre 10 e 15 litros de água de cada vez. O Piipee, usando essência de eucalipto, pinho e óleos naturais, usa pouco mais de 1ml de solução por aplicação.
O melhor de tudo é que o preço também não cheira nada mal! A estimativa é que o suporte custe para o consumidor final entre 25 e 30 reais. Já o refil, com capacidade para 250 acionamentos, não deve passar de cinco dilmas. Por enquanto, o projeto está em busca de mais parcerias e financiamento, mas as vendas já devem começar em janeiro de 2015. No site do Piipee, dá pra fazer cadastro na lista de pré-vendas.

SuperInteressante

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