segunda-feira, 13 de março de 2017

Esquizofrenia política



Enquanto a agenda de reformas de Michel Temer segue necessária e correta -Teto de Gastos, Previdência, Educação, Trabalhista - a política parece seguir em surto esquizofrênico, totalmente distanciada da realidade, da necessidade e da esperança e cobrança do povo brasileiro.

Enquanto a economia, em recessão, e depois do PIB negativo de 3,6% - ao contrário do resto do mundo que cresceu- começa a dar sinais de recuperação, ainda que tímidos, a política se torna cada vez mais objeto de desqualificação e desprezo do eleitor. O próprio Temer pisa e repisa nas aspirações nacionais ao insistir em manter Jucá, líder do governo, e garantir o cada vez mais delatado, Padilha - o homem com 4 senhas na Odebrecht-,   no governo. Ou, ainda, tentar salvar Moreira Franco com o foro privilegiado. Com o MP e o STF em jogo de empurra, o empresariado vai delatando e saindo para curtir a vida e os políticos seguem tocando seus mandatos e novos negócios escusos, sem que nada coloque fim na bandidagem eleita. 


          Resta a você, brasileiro, se convencer que país nenhum muda com revolta de whats-app, sem cobrança nas ruas. E partir para uma terapia de choque ou continuaremos carregando todos os velhos criminosos até os fins dos tempos sem controlar a doença.



Deu Onda

Os depoimentos avassaladores da Odebrecht, inicialmente, colocam Dilma no centro da corrupção, ao revelar que ela sabia de tudo, não lhe restando menos que a prisão, o que fará dela a primeira presidente mulher e a primeira presidente mulher presa. Enquanto isto as forças mais diversas, apavoradas com a extensão da lesão para além do PT, começam a tentar transformar Caixa 2 de A diferente de Caixa 2 de B, sendo que o errado é apenas o do partido adversário.

O saque aos recursos públicos no governo PT atingiu um nível de pilhagem como nunca antes neste país. Vendiam-se leis, almas, biografias, oportunidades, controle do BNDES e tudo mais que fosse negociável. Foi a era da governabilidade de balcão.

A destruição de estatais, fundos, Petrobrás, BNDES, entre tantas outras fontes de verbas irrigou as biografias mais devassas da República - apartidariamente, sejamos justos - e levou o empresariado brasileiro a um estado de desmando e selvageria que jamais poderia ter sido levado à frente e tolerado pelas autoridades. O projeto internacional de corrupção da Odebrecht – uma usina do crime – internacionalizou o regime brasileiro de administração corrupta levando insegurança a todo continente, afinal, não é a toa que se diz que a América Latina irá para onde for o Brasil.

           Apesar dos fatos, Lula ousa dizer que será candidato; Dilma diz que seu governo só teve sucesso e os velhacos de sempre do noticiário do Congresso  se recusam a morrer e dizem que o país vai bem.

          Deu onda... 



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