segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Depende de nós

58 milhões de brasileiros votaram na " direita"; 47 milhões na " esquerda",  e uns 42 milhões em nenhum dos dois, como tem sido sempre em todas as eleições: a maioria não apoia o candidato vencedor. Embora pareça ruim - menor representatividade-, o aspecto é positivo porque evita uma carta branca na mão do poder presidencial, que é quase ilimitado no Brasil.
A existência de tal força oposicionista - se evitado a tentação de opor-se pelo desejo do mero apocalipse oportunista-, é o grande instrumento para a regulação do poder e a imposição de um agenda de interesse coletivo. A exibição da voz da população pelas redes sociais, se trouxe algo de bestialidade, permitiu  uma expressão mais democrática dos anseios do povo.

É com essa massa que compõe o fiel da balança em cada eleição que temos de contar para conter o país nas suas oscilações ao extremo, seja a esquerda ou a direita.
O preço da liberdade é a permanente desconfiança, a alternância de poder, o combate a hegemonia partidária, a repulsa ao extremismo, a aderência política com exercício da crítica e civilidade no convívio.
Não depende deles- sejam eles quem forem-, depende de nós.

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