sexta-feira, 15 de novembro de 2019

O escândalo da República


Nesse 15 de Novembro a República vive um Estado de Exceção imposto pelo STF, que já violou a Constituição em diversas situações para atender interesses políticos ou pessoais. O STF, também, garantiu a impunidade de ladrões, abriu processos a margem da lei, dispensando o Ministério Público, censurou a imprensa, ameaçou cidadão que opinou contra a Corte, impediu investigações de movimentação financeira suspeita contra seus Ministros, e no extremo de sua soberba impediu que um cidadão se dirigisse a um Ministro sem chamá-lo de Excelência, tratamento ao qual não fazem jus há muito tempo.

Agora, o presidente Toffoli –aquele que nunca foi aprovado em concurso e fez toda sua carreira como advogado do PT-, produz um escândalo ao pedir ao Banco Central o acesso a 600 mil dados bancários e fiscais sigilosos, de cidadãos e empresas, segundo ele para compreender como é feito o processo, coisa que poderia ser resolvida com uma aula do Diretor da Receita. O alargamento do processo ao extremo sugere uma devassa. Esses dados, aliás, ele negou aos procuradores durante uma investigação.
É, claramente, a implantação de um estado de desmando e ação fora de propósito da Suprema Corte. A reunião das mensagens dos hackers e mais 600 mil sigilos fiscais conferem ao STF um poder inimaginável na ex-República, agora, um Estado de Dominação Suprema.
A população precisa compreender a degradação institucional pela qual o STF passa e exigir mudanças. Quanto ao Congresso, ou ele reage, nesse último minuto, e abre o processo de impeachment de Gilmar e Toffoli, ou estará completamente anulado como parte do sistema de freios e contrapesos que garantem a democracia. E relegado a inutilidade como legislador.
É sempre bom relembrar aquele velho poema: primeiro eles vieram...

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