As notícias falsas estão por toda a internet – e encontram nas redes
sociais seu habitat mais fértil. Dificilmente você rola sua timeline do
Facebook e não se depara com uma manchete sensacionalista compartilhada
por algum parente. A situação é ainda mais caótica no Twitter: por lá, as fake news se disseminam seis vezes mais rápido do que notícias verdadeiras.
Quando esse assunto virou pauta pela primeira vez, a grande discussão era o quanto bots
estavam ajudando a disseminar informações falaciosas. Mas, agora, um
estudo da Universidade de Regina, no Canadá, concluiu que, ao contrário
do que se imagina, usuários convencionais não estão sendo enganados e
conseguem detectar facilmente quando algo é fake news. Só que, mesmo assim, boa parte opta por compartilhar a notícia.
De acordo com o estudo, existem algumas razões para isso: muita gente
não pensa sobre a veracidade de uma informação antes de compartilhá-la
numa rede social. E, muitas vezes, divulga notícias que podem ser falsas
só porque elas vão de acordo com uma opinião própria.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores apresentaram uma série
de manchetes reais a mais de 2500 pessoas dos Estados Unidos. Na lista,
havia chamadas retiradas das principais notícias de jornais – mas
também um conjunto de histórias que eram inteiramente falsas. Quem
participava do estudo não sabia nada sobre os temas das notícias, claro,
e tinha que julgar a partir do conteúdo que recebiam.
Na primeira parte do estudo, os participantes foram solicitados a
indicar quais manchetes compartilhariam nas redes sociais. Foi aí que
despontou um comportamento curioso: o critério utilizado por muitos não
era averiguar a veracidade das histórias, mas seu conteúdo. Se o que o
texto dizia concordasse com uma opinião pré-estabelecida da pessoa,
pouco importava a fonte: ela tinha mais chances de compartilhar de
qualquer forma. (Superinteressante)
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