sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tempestade à vista


         Dizem os navegantes que antes de uma tempestade há sempre uma calmaria. O mesmo se aplica na vida prática, porque sempre que tudo parece estar calmo, logo acontece alguma coisa para sacudir os alicerces da sociedade. Esse princípio pode ser aplicado na calmaria aparente que estamos vivendo neste início de  campanha eleitoral. Até agora nem parece que estamos às vésperas de uma eleição para prefeito e vereadores.

         Mas, ainda esta semana já ocorreram as primeiras escaramuças. Segundo noticiaram, diversos candidatos a vereador liderados por Humberto Cedraz, estavam reunidos para receber do líder instruções concernentes à legislação que norteará a campanha eleitoral deste ano. Tudo ia muito bem até que o marido de uma candidata começou a agredir verbalmente o vereador Reinaldo Miranda (Ronny), candidato à reeleição, o bate boca cresceu e logo evoluiu para as vias de fato. 

         Segundo informações de pessoas envolvidas nas campanhas, a baixaria ainda nem começou. Pelo que se diz, os candidatos estão reunindo munição pesada para se agredirem no desenrolar da campanha. A coisa vai atingir um nível tão ruim que quem tiver ouvidos sensíveis deve usar protetores. 

         Por falar em nível vai começar também a guerra dos decibéis. Além dos carros de som circulando na cidade sem respeitar áreas de silencio como hospitais, escolas e templos religiosos, tem ainda as  infernais caminhadas.

        Imaginemos assim: O cidadão chega em casa á noite para repousar de um dia de trabalho, toma um banho, põe uma roupa leve e fica fazendo alguma coisa enquanto a mulher põe o bebê para dormir para depois jantarem juntos, enquanto assistem TV, ouvem uma música ou simplesmente conversa. De repente um barulho ensurdecedor invade a paz do seu lar.

         São os carros de som dos candidatos que participam de uma caminhada, acompanhados de centenas de assessores, amigos, puxa sacos e 'aspones' de toda espécie a gritar slogans de campanha e emporcalhar as ruas com papéis contendo os rostos e os números de seus candidatos. Por cerca de uma hora ou mais a paz é violentamente quebrada pro gente que deveria promove-la e protegê-la. Só mentecaptos que não conseguem contemplar nada além do próprio umbigo acreditam que  essa agressão aos lares dos cidadãos (eleitores) vai lhes render alguns votos. 

         Depois, ainda tem o horário eleitoral gratuito (gratuito uma ova, pago por nós, isso sim) a tomar preciosos minutos de lazer para que oportunistas, mentirosos, falsos salvadores da pátria possam derramar sua verborragia nos ouvidos de quem só deseja alguns momentos de lazer antes de dormir e descansar para mais um cansativo dia de trabalho produtivo. Coisa que os políticos não sabem o que é.

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