sexta-feira, 12 de julho de 2013

Precisa-se de um povo para um país


O título não é original. Creio já ter lido algum artigo sob este título, de alguém que falava exatamente que o problema do Brasil são os brasileiros. Êita povinho difícil, Jesus! O país é uma maravilha da natureza. Com dimensões continentais, tem clima para todos os gostos, indo das regiões mais quentes até as mais frias, o que proporciona o cultivo das mais diversas espécies de vegetais o mesmo acontecendo com a criação de animais.

A fertilidade da terra inspirou Caminha a escrever ao rei de Portugal dizendo que “a terra é rica e generosa, e em se plantando tudo dá”. Isso sem se falar nas riquezas minerais e na floresta amazônica e na maior reserva de água potável do mundo. O país deveria ser a maior potencia econômica do mundo, pois tem tudo que precisa para tanto. E por que não é? Porque Deus colocou aqui o povo mais preguiçoso, vaidoso e velhaco do mundo.

Emigrantes vindos da Itália, Japão e Alemanha, por exemplo, gente afeita ao trabalho, aqui prosperaram, e onde eles se instalaram estão os estados mais ricos e desenvolvidos do Brasil. O mesmo não acontece onde predominou a tal raça resultante da miscigenação de portugueses, africanos e índios. Não se trata de preconceito, até porque pertenço a esta raça, é só uma simples constatação. E, diga-se, irrefutável.

A maioria do povo brasileiro não gosta de trabalhar. Tem uma tendência mórbida a se deixar escravizar por governos, recebendo na mão as migalhas do poder (vide Bolsa Esmola), sobrevivendo sem nenhuma dignidade e sem nenhuma iniciativa para buscar realizações pessoais através do fruto do próprio suor.

Vivemos em festa, jogando futebol, bebendo cachaça e sonhando em ganhar na loteria, ou, quiçá, ter algum talento voltado para os palcos ou campos de futebol, que possa ser descoberto num golpe de sorte e nos traga fama e dinheiro repentinamente, sem que tenhamos feito nada para merecer. Caso contrário, uma boquinha na máquina administrativa do poder serve. Cabides de emprego não faltam neste país das maravilhas.

Vejamos o caso dos médicos. Agora estão revoltados porque o governo disse que iria contratar médicos no exterior para ocupar vagas nas regiões mais remotas do País. Na verdade, há uma jogada política bem maior e tenebrosa por trás dessa justificativa do governo para ir buscar milhares de médicos em Cuba. Mas, uma coisa é incontestável: nenhum médico do Brasil, nem mesmo os recém formados, querem ir para os pequenos centros.

Até os que saíram do interior e foram estudar nas grandes cidades, não querem retornar às suas origens depois de formados. Falta-lhes o espírito público, de pensar em contribuir para o desenvolvimento das suas regiões. Falta-lhes o espírito de pioneirismo, para desbravar fronteiras e construir novos rincões. Falta-lhes coragem para deixar a casa dos pais e voar com suas próprias asas e construir suas novas moradas. E aliado a isto, está a vaidade do “Seu Dotô” que não pode se misturar e conviver com um bando de caipiras. Então, estão reclamando do que?

Um comentário:

Lia Sérgia Marcondes disse...

"...nenhum médico do Brasil, nem mesmo os recém formados, querem ir para os pequenos centros."


Eu "vou e volto". É verdade. Mas o que eles menos querem também é ter que se matar em posto de saúde sem equipamento, sem condições de atendimento, alguns ganhando uma merreca. Rola a vaidade SIM, e rola também a falta de vontade de ir trabalhar nestas condições. Porque para estes isso não se trata de pessoas doentes, e sim de um "trabalho", onde as ferramentas não estão lá.

De Hipócrates, só sobraram os hipócritas, que fazem juramentos vazios e só querem mordomias.

E digo mais: os poucos que se dignam a ir tentar fazer alguma coisa nestes lugares sofrem e muito. Sofrem, principalmente, por não terem condições de fazer mais pelas pessoas. Os poucos que ainda conseguiram sair da academia com a sua humanidade intacta.