quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Aliados da espiritualidade



Entrevista de Dom Aldo
“Quando você desencarna, ninguém vai lhe perguntar qual era sua religião. Vão lhe perguntar o que você fez quando encarnado”.
(Padre Miguel Fernandes, o padre espírita de Brasília.)

A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas. Talvez tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência da vida após a morte e o processo reencarnatório. Já é fato público que a reencarnação foi retirada da Bíblia em 553 dC.
Dom Aldo Di Cillo Pagotto, arcebispo do Nordeste, deu uma entrevista a um programa espírita apresentado pelo repórter espírita Alamar Régis Carvalho. Durante sua entrevista, Dom Aldo disse; "li Paulo e Estevão, (obra psicografada por Chico Xavier), quem não leu não sabe o que está perdendo. Estive com Chico Xavier e me vi diante de um autêntico santo".
Conhecimentos espirituais não são exclusividades de grandes líderes como Divaldo, Chico Xavier, Dom Aldo e espíritas praticantes. Pode ser de líderes católicos como o saudoso Dom Helder Câmara desencarnado em 1999.
Transcrevemos aqui, trechos de uma entrevista de Dom Helder, através do Médium Carlos Pereira, que psicografou seu primeiro livro  “Novas Utopias”.

Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?

Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?

Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual.

Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?

Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Aceitação reencarnacionista se fortalece até entre os céticos e radicais.
Em Uberaba, MG, o saudoso padre José Lourenço da Silva Júnior, antes de celebrar a sua tradicional missa do lava-pés, pronunciou essa belíssima frase: “Seja no espiritismo ou no catolicismo, todos nós somos cristãos e é isso que sempre vai nos unir".
Conrado Dantas

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