Após 5 anos da extinção da CPMF o
governo resolve recriar a cobrança, agora disfarçada de Contribuição Social
para a Saúde (CSS), um imposto sobre todas as transações financeiras acima de
R$ 4 mil. A arrecadação seria destinada à saúde, no percentual de 0,2% por transação.
A previsão é de que a cobrança passe a vigorar a partir de 2018, mas ninguém
deve se surpreender se isso acontecer logo após as eleições do ano que vem,
como é típico em ações de natureza “antipática”.
Observando alguns acontecimentos, passei
a dar crédito a uma informação que recebi, mas não dei muito crédito. Trata-se
do “Foro de São Paulo”. Em entrevista exibida pela Globo News em 2009, Luiz
Felipe Lampreia, ex-ministro das Relações Exteriores, diagnosticava: “O que
explica a confusão da América Latina é o Foro de São Paulo”.
O Foro de São Paulo seria uma
organização que reúne de maneira promíscua partidos políticos legais,
organizações terroristas e grupos narcotraficantes. Foi fundado em 1990 por Lula
e Fidel Castro, que prometiam reconquistar na América Latina o que se havia
perdido no Leste Europeu. Seu objetivo era traçar estratégias comuns e lançar
“novos esforços de intercâmbio e de unidade de ação como alicerces de uma
América Latina livre, justa e soberana”. A unidade estratégica dessas
organizações visava tomar o poder em todo o continente, criando uma frente de
governos socialistas em oposição aos Estados Unidos.
Hoje, duas décadas depois, o Foro de São
Paulo governa 16 países, nos quais aplica a mesma agenda de aparelhamento do
Estado, de limitação das liberdades civis, de relaxamento no combate ao
narcotráfico, de perseguição à oposição e à imprensa livre. Isso explica alguns
fatos, quando observamos a submissão do governo petista às diretrizes do Foro,
em detrimento dos interesses nacionais, como ilustram alguns casos da nossa
política recente. Por exemplo:
Em 2005, o representante das Farc no
Brasil, Olivério Medina, foi preso numa ação conjunta entre a Polícia Federal e
a Interpol. Medina era procurado na Colômbia por diversos crimes e o governo
colombiano pediu sua extradição. O presidente Lula não apenas lhe negou o
pedido como concedeu ao terrorista o status de refugiado político.
Em 2006, Evo Morales estatizou duas
refinarias da Petrobras na Bolívia, depois de ocupadas e tomadas pelo exército
boliviano. O governo brasileiro respondeu com um afago e, dois anos depois,
Lula anunciava um empréstimo de US$ 332 milhões a Morales, para a construção de
uma rodovia. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT, foi a relatora da matéria no
Senado e defendeu a aprovação das alterações, que fizeram triplicar a taxa
anual paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia não usada da Usina de Itaipu,
saltando de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.
Segundo dados levantados pela jornalista
Graça Salgueiro, mais de 20 países recebem serviços médicos de Cuba, que
arrecada nada menos que US$ 6 bilhões anuais com o envio de médicos ao
exterior. Calcula-se que o Brasil enviará centenas de milhões de dólares aos
cofres cubanos com a importação dos médicos. O dinheiro que poderia ser
investido no sistema público de saúde brasileiro vai financiar uma ditadura
comunista.
E agora vão nos impor mais uma
contribuição à saúde. De quem?
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