sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pacíficos e passivos

      
“O Brasil é um país pacifista”! Ouvi diversas vezes essa afirmação na escola vinda de professores que evocavam a Constituição Federal que preconizava que o nosso País não mais se envolvia em guerras de conquista, optando por uma relação de boa convivência com os seus vizinhos. E a bem da verdade, durante a minha vida vi as Forças Armadas poucas vezes mobilizadas. Durante a ditadura militar, elas se voltaram contra o próprio povo que as constituiu e sustenta. Depois, em algumas oportunidades soldados brasileiros integraram forças pacificadoras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como é o caso recente do socorro ao Haiti.
            Há alguns anos, o governo federal resolveu apelar para as Forças Armadas para combater o avanço do tráfico de drogas e da violência na região Sudeste, que resultou em verdadeiro fiasco. Na semana passada, a presidente Dilma convocou o Exército para garantir a “tranquilidade” do leilão do campo de Libra do pré sal, contra manifestantes contrários. A Polícia Militar, criada pela ditadura para “garantir a ordem pública”, hoje é temida mais pelos cidadãos do que pelos bandidos.
            Sim. O Brasil é um país pacifista, e o seu povo é pacífico. Mas, ultimamente alguns fatos apontam em outra direção. Por exemplo: A aquisição pelo Brasil junto à Rússia, de baterias antiaéreas no valor de US 2 bilhões e o interesse na compra de novos aviões de guerra; As manifestações populares que resultam em confrontos com a Polícia; A chegada de milhares de “médicos” (milicianos e militantes) cubanos ao país; As notícias colocando o Brasil como mentor da Aliança Bolivariana que quer implantar o comunismo na América Latina; O governo paralelo exercido pelos narcotraficantes, cujo maior braço armado é o Primeiro Comando da Capital (PCC).
            Não tenho dúvidas de que o país está trilhando um caminho perigoso que vai mergulhar a sua já sofrida população num inferno de sangue e lágrimas. E a troco de que? Acalentar o sonho de meia dúzia de inconsequentes que ainda acreditam que capitalismo, democracia, comunismo, teocracia ou qualquer “ismo” ou “cia” irá trazer felicidade a todos os seres humanos. A história das civilizações é um livro aberto esperando que alguém se dê ao trabalho ler e conhecer os erros que já cometemos no passado e não repeti-los mais.
            O maluco da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a meta de formar um milhão de milicianos até 2019, que terão como tarefa fortalecer a defesa da “revolução bolivariana”. Será que ele acredita mesmo que irá conseguir, com seus “badogues” e “buldogues”, derrotar os países aliados, os mais ricos do mundo, mais avançados centenas de anos em relação a nós, em educação e tecnologia?
            Mas, deixemos ele pra lá e cuidemos do nosso quintal, onde as fraudes causaram um rombo de meio bilhão ao Sistema Único de Saúde, e onde em vez de investir em educação e tecnologia, estamos comprando material bélico e financiando tiranos de aldeia.
            Pacíficos, sim. Passivos, nunca!

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