Na segunda-feira passada (17) o UOL
publicou matéria dando conta de que neste sábado (22) em carca de 200 grandes
cidades brasileiras será realizada uma nova “Marcha da Família com Deus”, aos
moldes daquela que aconteceu em 19 de março de 1964 quando, mobilizadas pela
Igreja Católica, as famílias foram às ruas pedir a intervenção das Forças Armadas
para depor o presidente João Goulart e combater o Comunismo que ameaçava
dominar o Brasil. Foi a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
A nova “Marcha” também pedirá a
intervenção militar para retirar do poder os políticos corruptos, promover a
moralização dos Três Poderes e realizar eleições com a participação de
candidatos de “Ficha Limpa”. De pronto devo dizer que concordo e participo.
Demorou demais até. Já passou da hora de dar um basta e botar pra correr os
bandidos que dominam o cenário político nacional, nos roubam descaradamente,
promovem a luta de classes ao tempo em que atiram a população na ignorância e
na miséria.
Resta saber se os militares atenderão
ao apelo. Eles encontram-se muito anchos em seus quarteis, com casa, comida,
roupa lavada, assistência médica e salários em dia, tudo pago pelo governo com
o nosso dinheiro. Além disso, apesar das grandes realizações que trouxeram
muito progresso, os militares meteram os pés pelas mãos quando começaram a
prender, torturar e matar quem divergia das suas ideias. Chagamos ao absurdo de
não podermos denunciar um membro corrupto do governo, porque, nesse caso, o
denunciante era quem ia preso ou desaparecido.
Se vamos chamar os militares lembremos
então a eles que nós, cidadãos, honestos e amantes da liberdade e da paz,
estamos do lado deles, mas queremos participar do governo, seja através de
membros efetivos ou, enquanto cidadãos, através de ideias, sugestões e, por que
não, denuncias, quando for o caso, sem o risco de sermos presos como
subversivos.
Que venham os militares. Há muito
trabalho a ser feito. A reforma política, por exemplo, tem que passar por
eleições para os cargos do poder Judiciário. Do delegado ao mais alto
desembargador, têm que ser eleitos pelo voto popular, e não nomeados por políticos;
Professores precisam ser valorizados e respeitados, assim como policiais, que
precisam, além de equipamentos de ponta, bons salários, boas moradias e boas
escolas para seus filhos; O Programa Bolsa Família, assim como o Seguro
Desemprego, tem que ter um prazo para terminar. Uma vez capacitado e colocado
no mercado de trabalho, o cidadão deixa de receber aquele benefício que passará
para outro que o necessite. Acabar com a esmola.
Há muito o que fazer para colocar o
Brasil outra vez nos trilhos, pois o nosso querido “País do Futuro” há muito perdeu
o bonde da história e engarrafou na contramão, através de ideias e ideais
mesquinhos, perversos e ultrapassados.
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