sexta-feira, 21 de março de 2014

Nova “Marcha da Família com Deus” pedirá volta dos militares

     Na segunda-feira passada (17) o UOL publicou matéria dando conta de que neste sábado (22) em carca de 200 grandes cidades brasileiras será realizada uma nova “Marcha da Família com Deus”, aos moldes daquela que aconteceu em 19 de março de 1964 quando, mobilizadas pela Igreja Católica, as famílias foram às ruas pedir a intervenção das Forças Armadas para depor o presidente João Goulart e combater o Comunismo que ameaçava dominar o Brasil. Foi a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.


         A nova “Marcha” também pedirá a intervenção militar para retirar do poder os políticos corruptos, promover a moralização dos Três Poderes e realizar eleições com a participação de candidatos de “Ficha Limpa”. De pronto devo dizer que concordo e participo. Demorou demais até. Já passou da hora de dar um basta e botar pra correr os bandidos que dominam o cenário político nacional, nos roubam descaradamente, promovem a luta de classes ao tempo em que atiram a população na ignorância e na miséria.
         Resta saber se os militares atenderão ao apelo. Eles encontram-se muito anchos em seus quarteis, com casa, comida, roupa lavada, assistência médica e salários em dia, tudo pago pelo governo com o nosso dinheiro. Além disso, apesar das grandes realizações que trouxeram muito progresso, os militares meteram os pés pelas mãos quando começaram a prender, torturar e matar quem divergia das suas ideias. Chagamos ao absurdo de não podermos denunciar um membro corrupto do governo, porque, nesse caso, o denunciante era quem ia preso ou desaparecido.
         Se vamos chamar os militares lembremos então a eles que nós, cidadãos, honestos e amantes da liberdade e da paz, estamos do lado deles, mas queremos participar do governo, seja através de membros efetivos ou, enquanto cidadãos, através de ideias, sugestões e, por que não, denuncias, quando for o caso, sem o risco de sermos presos como subversivos.
         Que venham os militares. Há muito trabalho a ser feito. A reforma política, por exemplo, tem que passar por eleições para os cargos do poder Judiciário. Do delegado ao mais alto desembargador, têm que ser eleitos pelo voto popular, e não nomeados por políticos; Professores precisam ser valorizados e respeitados, assim como policiais, que precisam, além de equipamentos de ponta, bons salários, boas moradias e boas escolas para seus filhos; O Programa Bolsa Família, assim como o Seguro Desemprego, tem que ter um prazo para terminar. Uma vez capacitado e colocado no mercado de trabalho, o cidadão deixa de receber aquele benefício que passará para outro que o necessite. Acabar com a esmola.

         Há muito o que fazer para colocar o Brasil outra vez nos trilhos, pois o nosso querido “País do Futuro” há muito perdeu o bonde da história e engarrafou na contramão, através de ideias e ideais mesquinhos, perversos e ultrapassados. 

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