Com a extinção do pluripartidarismo
após o golpe militar de 1964 e o surgimento do bipartidarismo, ali representado
pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), situação, e o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), oposição, este último transformou-se no reduto dos “sem
partido”, acolhendo todas as ideologias que ficaram órfãs de
representatividade, inclusive, e principalmente, os representantes do
Comunismo.
Com o fim da ditadura militar o
pluripartidarismo ressurgiu, porém, capitaneado pela Arena e o ex MDB, a partir
dali denominado PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). A Arena já
mudou de nome várias vezes. Foi PDS, PFL, e hoje chama-se Democratas (DEM), mas
com a mesma ideologia, porém perdeu espaço para o Partido Social Democrata do
Brasil (PSDB). O PMDB permanece, mas não é mais nem a sombra do grande partido
que já foi um dia.
No final da ditadura, para se eleger
presidente, Tancredo Neves fez alianças com Deus e o Diabo, e levou como vice
ninguém menos que José Sarney, o maior pelego dos militares, que havia se
abrigado no PMDB quando perdeu espaço no poder. Tancredo morreu antes de tomar
pose, Sarney assumiu, e todo mundo viu no que deu. O PMDB nunca mais foi o
mesmo, nunca mais elegeu um presidente. E passou a se contentar em ficar num
segundo plano, “apoiando” a quem lhe acenasse com mais promessas.
Aqui na Bahia elegeu Waldir Pires para
governador, grande esperança do povo o que lhe deu esmagadora vitória e sofreu
amarga decepção quando ele renunciou deixando em seu lugar Nilo Coelho, que
representava tudo aquilo contra o que o PMDB havia lutado. Hoje, em nível
nacional, o PMDB apoia o PT. Como sempre, está ao lado do poder. Mas o PT só
valoriza quem é “puro sangue” e trata com “rédea curta” os aliados de outras
siglas partidárias.
Após mais de 10 anos sendo tratado a
“pão e água” pelo PT, seus membros agora ensaiam uma rebeldia, às vésperas de
uma eleição presidencial. É, sem dúvida, o maior partido da base aliada do
governo Dilma, e se abandonar o barco, o PT perde a eleição; É tudo que o
Brasil que trabalha, produz e pensa quer, mas, que ninguém se iluda, pois não
vai acontecer.
Sabendo do perigo, o PT vai ceder à
algumas das exigências do PMDB agora, e prometer, como sempre faz, alguns mimos
para depois das eleições. Lula, Dilma e companhia sabem que o PMDB é como
aquelas mulheres que por uma joia falsa, um sonho de valsa ou coisa assim,
sempre dizem sim. Um verdadeiro prostituto do poder.
E para os seus políticos, quem achar
ruim que se dane.
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