sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alex Ferraz

IRRISÓRIO
Em quatro anos, o governo Dilma gastou cerca de R$ 10 milhões no combate a casos de corrupção como o Petrolão. Esse valor é irrisório se comparado, por exemplo, aos R$ 65 milhões gastos com cartões corporativos em 2014. Ou seja, caros leitores, em apenas UM ANO torraram R$ 65 milhões dos nossos impostos em compras com cartões cujos gastos são mantidos em sigilio, mas que se sabe que já pagaram  motéis e até pinga. Haja!

"Só pagam impostos os que não têm com que pagá-los." (Sofocleto)

Mais impostos, menos serviços
A notícia: "Nesta quarta-feira de cinzas, o governo federal chegou a R$ 280 bilhões arrecadados em impostos. Se 2,3% vão para corrupção, como estima a Fiesp, então já nos surrupiaram até agora R$ 6,2 bilhões."
O comentário: em apenas 48 dias, os cofres públicos recolheram R$ 280 bilhões dos nossos bolsos, direta e indiretamente, e vêm aí mais medidas para que esse assalto cresça. Chamo de assalto, porque praticamente nada disso volta para nós em serviços. Vide saúde, educação e segurança públicas. Vide também, por exemplo, as estradas federais saturadas e aeroportos idem, a ponto de o governo vendê-los para a iniciativa privadas. O Estado brasileiro não tem dinheiro para nada, a não ser para sustentar a si próprio e seu imenso de cabide de empregos, e a roubalheira generalizada.

E agora, senhores? (I)
Entramos, finalmente, no ano de 2015. E aqui vai uma pergunta que, com certeza, ficará no ar, como vem acontecendo há anos: quando os legisladores brasileiros, que custam, no Senado e Câmara, R$ 9 bilhões por mês, finalmente modificarão o Código Penal de 1940, tornando mais realista e realmente punitivo?
Incluindo aí a indispensável redução da maioridade penal.

E agora, senhores? (II)
Quando, finalmente, vão fazer a tal reforma política? A meu ver, enquanto o espírito da coisa for o que está aí há anos, não vão mexer no Código Penal e muito menos fazer reforma política. Mexe em situação que facilitam a vida dos condenados e a roubalheira com partidos de aluguel etc. etc. Ou seja, por que eu vou mudar aquilo me favorece? É a lei do gosto de levar vantagem em tudo, a única cumprida à risca neste país.
Pelo visto, não tem jeito (I)
A notícia: "Uma quadrilha explodiu cinco caixas eletrônicos em Pojuca, Região Metropolitana de Salvador (RMS), na madrugada desta quinta-feira (19). Segundo informações da Central de Polícia, pelo menos 10 pessoas participaram da ação que ocorreu por volta das 4 horas da manhã. Uma testemunha relatou que o grupo estava vestido de preto, com lanternas na cabeça. Na ação, os bandidos fecharam a Rua JJ Seabra, no centro da cidade, e explodiram os terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal."

Pelo visto, não tem jeito (II)
O comentário: não vejo solução à vista para essa onda de ataques a caixas eletrônicos. Os bancos silenciam completamente, como se não tivessem nada a ver com isso, enquanto as autoridades de segurança pública seguem fazendo anúncios midiáticos de "operações", que sempre têm resultados pífios. Controlar o uso da dinamite, que é bom, ninguém consegue. É demais!

Pelo visto, não tem jeito (III)
É por essas e outras que devemos a continuar nos acostumando a ser um país onde não se pode usar um caixa eletrônico com tranquilidade, não se pode atender a um celular na rua, não se pode receber correspondência dos Correios em certos bairros e onde os turistas são aconselhados, pasmem, a não carregar máquinas fotográficas nem filmadoras. Uma piada de mau gosto.

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