quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Não adianta por a culpa no “Carma”

Com o surgimento do Projeto Genoma em 1990 o mundo científico quis saber em que lugar do cérebro fica o controle das emoções, da alegria, da dor, da moral e muito mais. A idéia era se fazer um mapeamento geral do nosso cérebro.
Nesse mapeamento, o que chamou atenção dos neurocientistas foi um feixe de nervos na base do crânio cuja função é filtrar as informações captadas pelos cinco sentidos do nosso corpo. Eles denominaram “Sistema de Ativação Reticular - SAR”,
Nós recebemos, a cada momento, algo em torno de 200 milhões de bits de informações. Se todas essas informações chegassem ao nosso cérebro seria catastrófico. Para que isso não ocorra esse “SAR”, filtra todas essas informações e apenas 4 a 9 bits por momento, são passados para nosso cérebro.
Os bits acessados várias vezes ficam registrados, como “o que é importante para a pessoa” e seu subconsciente pega essas informações e as faz acontecer independente dessa estar pensando, aceitando ou desejando.
Se você registrar em seu “SAR” que dinheiro é bom para pagar dívidas, de alguma forma, sempre vai aparecer dinheiro para você honrar suas dívidas. Em contrapartida, você nunca terá dinheiro além do que precisa.
O “SAR” funciona assim: se uma mulher estiver feliz por estar grávida, em todo lugar que ela for sempre vai ter uma grávida em seu caminho. Ela até pode achar que começou a estação da gravidez, mas é simplesmente seu “SAR” ativando sua percepção para algo que passou a ser importante para ela.
Quando alguém compra um carro, percebe que logo aparecem muitos carros iguais pela cidade. Isso só acontece se a compra de seu carro foi uma coisa importante. É seu “SAR” lhe mostrando que seu carro está entre suas prioridades.
Uma pessoa que foi transferida de região para evitar as más companhias, ao chegar em outra cidade, seu “SAR” só vai lhe conduzir por lugares onde tenham os companheiros que ela gostaria de se relacionar. Mesmo existindo pessoas de personalidades diferentes, seu “SAR” não o deixará enxergar nenhuma delas. Se alguém interferir no processo seu corpo iniciará o autoboicote. Um exemplo: uma pessoa que sempre ajuda um amigo alcoólatra, seu “SAR” vai registrar que essa ajuda é muito importante e, sendo assim sempre vai aparecer outras oportunidades e convites para ela participar de campanhas afins. Se um dia a pessoa sair dessa rotina, seu “SAR”, acreditando que isso é importante, poderá lhe transformar num alcoólatra semelhante só para lhe agradar.
Não adianta por a culpa no “Carma”, na hereditariedade e nem se esconder entre religiões, psicólogos ou trabalhos espirituais. A maneira mais fácil de conversar com o “SAR” é através de símbolos. Basta expor, num quadro, frases, imagens ou fotos que simbolizem o que a pessoa valoriza ou almeja na vida.
O fato de alguém ler ou ver os mesmos símbolos várias vezes, faz seu “SAR” registrar como importantes e isso os coloca na prateleira de prioridades.
Assim nasce a tal “Lei da Atração”.

Conrado Dantas

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