Especial sobre
raios e trovões
Raios! Haja carga
d’água.
Um técnico em sistemas elétricos foi a um
programa de rádio a convite do apresentador, para esclarecer algumas “dúvidas”
dos ouvintes e do próprio apresentador acerca de tempestades elétricas. No que
diz respeito à parte técnica sobre os efeitos dos raios sobre os sistemas de
distribuição a consumo de energia, ele foi bem didático. Mas quanto às
tempestades elétricas ele se perdeu. Chegou ao absurdo de afirmar que “os
trovões são o resultado do choque entre nuvens”. Até que me deu vontade de
ligar para o programa para desfazer a informação mal passada, mas, cachorro
mordido de cobra tem medo de
linguiça. Benjamin Franklin deve ter se revirado no túmulo.
Eu, hem!
Toda vez em que me intrometi na conversa
alheia e tentei esclarecer alguma coisa, não me deram ouvidos e até me hostilizaram.
Certa vez, liguei para um apresentador de programa de rádio que havia passado
uma informação errada sobre mitologia grega, um assunto que domino
razoavelmente. Disse a ele que não fora o personagem que ele citara o ator de
referida façanha. Ele me perguntou quem fora, então, e eu lhe disse que não
sabia quem, mas, com certeza não fora aquele por ele citado. Antes que eu me
oferecesse para pesquisar e lhe passar o nome do herói, ele me disse, no ar,
que se eu não sabia quem foi, que era melhor não dizer nada. Diante de tal
demonstração de humildade e gentileza, me recolhi a minha insignificância, e
desde então hesito muito em dar opinião para gente que não quer ouvir. Que
permaneçam na ignorância.
A bem da verdade
Segundo aprendi, ainda na escola primária,
e depois em estudos mais específicos, tempestades elétricas são causadas por turbulências
na atmosfera, devido a movimentação das correntes de ar ascendentes e
descentes, o que causa a liberação de descargas de energia estática (raios). Um
raio risca a atmosfera a uma temperatura de 30 mil graus Celsius (cinco vezes
superior à superfície do sol). Neste momento o ar se expande e, logo após se
retrai, causando o barulho que chamamos de trovão. Nuvens são formadas por
vapor de água, portanto, não se chocam, quando muito se cruzam ou se misturam,
quando então há uma troca de energia estática entre elas, causando raios. Um
raio pode partir de uma nuvem para outra, de uma nuvem para a terra ou da terra
para uma nuvem.
Energia estática
A energia estática é toda energia que não
está em movimento, está parada. Quando ela entra em movimento passa a ser
energia dinâmica. Uma novem carregada de energia estática positiva, quando se
aproxima de uma carregada de energia estática negativa, há uma descarga de
energia dinâmica, ou seja, energia em movimento. Neste caso, o raio. O atrito
entre corpos gera energia que pode ficar estática em um corpo e descarregar ao
se aproximar de outro. Por exemplo: Esfregue uma régua de material plástico no
seu cabelo e depois aproxime-a dos pelos do seu braço. Notará que eles ficarão
arrepiados, pois está havendo uma troca de energia entre eles e a régua.
Raio bola
Muita gente já deve ter ouvido pessoas
mais velhas, principalmente da zona rural, falando em “ouro mudando de lugar”.
Trata-se de uma bola luminosa, de cor amarelada, que se desloca no ar,
principalmente em regiões montanhosas, e mais frequentemente em dias de calor
intenso. Podem se deslocar silenciosamente ou culminar com um estrondo. Não é
nada menos que energia estática que brota do solo, pois o planeta é um gerador
continuo de energia que precisa ser liberada. E se não há turbulência na
atmosfera que possa efetuar a troca de energias entre as nuvens e o solo, a
energia simplesmente brota e se desloca no ar. Caso atinja algum corpo sólido,
se dará uma explosão. (Ainda há muita controvérsia sobre os raios em bola).
OBS: Quem quiser
me contestar, fique à vontade que não vou responder. Sei o que estou dizendo e
isso me basta.
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Por hoje é só que
agora eu vou ali tomar um banho de chuva
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