segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Coluna


Especial sobre raios e trovões

Raios! Haja carga d’água.
Um técnico em sistemas elétricos foi a um programa de rádio a convite do apresentador, para esclarecer algumas “dúvidas” dos ouvintes e do próprio apresentador acerca de tempestades elétricas. No que diz respeito à parte técnica sobre os efeitos dos raios sobre os sistemas de distribuição a consumo de energia, ele foi bem didático. Mas quanto às tempestades elétricas ele se perdeu. Chegou ao absurdo de afirmar que “os trovões são o resultado do choque entre nuvens”. Até que me deu vontade de ligar para o programa para desfazer a informação mal passada, mas, cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça. Benjamin Franklin deve ter se revirado no túmulo.

Eu, hem!
Toda vez em que me intrometi na conversa alheia e tentei esclarecer alguma coisa, não me deram ouvidos e até me hostilizaram. Certa vez, liguei para um apresentador de programa de rádio que havia passado uma informação errada sobre mitologia grega, um assunto que domino razoavelmente. Disse a ele que não fora o personagem que ele citara o ator de referida façanha. Ele me perguntou quem fora, então, e eu lhe disse que não sabia quem, mas, com certeza não fora aquele por ele citado. Antes que eu me oferecesse para pesquisar e lhe passar o nome do herói, ele me disse, no ar, que se eu não sabia quem foi, que era melhor não dizer nada. Diante de tal demonstração de humildade e gentileza, me recolhi a minha insignificância, e desde então hesito muito em dar opinião para gente que não quer ouvir. Que permaneçam na ignorância.

A bem da verdade
Segundo aprendi, ainda na escola primária, e depois em estudos mais específicos, tempestades elétricas são causadas por turbulências na atmosfera, devido a movimentação das correntes de ar ascendentes e descentes, o que causa a liberação de descargas de energia estática (raios). Um raio risca a atmosfera a uma temperatura de 30 mil graus Celsius (cinco vezes superior à superfície do sol). Neste momento o ar se expande e, logo após se retrai, causando o barulho que chamamos de trovão. Nuvens são formadas por vapor de água, portanto, não se chocam, quando muito se cruzam ou se misturam, quando então há uma troca de energia estática entre elas, causando raios. Um raio pode partir de uma nuvem para outra, de uma nuvem para a terra ou da terra para uma nuvem.

Energia estática
A energia estática é toda energia que não está em movimento, está parada. Quando ela entra em movimento passa a ser energia dinâmica. Uma novem carregada de energia estática positiva, quando se aproxima de uma carregada de energia estática negativa, há uma descarga de energia dinâmica, ou seja, energia em movimento. Neste caso, o raio. O atrito entre corpos gera energia que pode ficar estática em um corpo e descarregar ao se aproximar de outro. Por exemplo: Esfregue uma régua de material plástico no seu cabelo e depois aproxime-a dos pelos do seu braço. Notará que eles ficarão arrepiados, pois está havendo uma troca de energia entre eles e a régua.

Raio bola
Muita gente já deve ter ouvido pessoas mais velhas, principalmente da zona rural, falando em “ouro mudando de lugar”. Trata-se de uma bola luminosa, de cor amarelada, que se desloca no ar, principalmente em regiões montanhosas, e mais frequentemente em dias de calor intenso. Podem se deslocar silenciosamente ou culminar com um estrondo. Não é nada menos que energia estática que brota do solo, pois o planeta é um gerador continuo de energia que precisa ser liberada. E se não há turbulência na atmosfera que possa efetuar a troca de energias entre as nuvens e o solo, a energia simplesmente brota e se desloca no ar. Caso atinja algum corpo sólido, se dará uma explosão. (Ainda há muita controvérsia sobre os raios em bola).

OBS: Quem quiser me contestar, fique à vontade que não vou responder. Sei o que estou dizendo e isso me basta.

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Por hoje é só que agora eu vou ali tomar um banho de chuva

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