segunda-feira, 17 de abril de 2017

O Estado tráfico-empreiteirial

A corrupção nacional fez sua estreia com a chegada das caravelas, e, desde então, vem apresentando crescimento progressivo, acentuando-se após o fim da ditadura e atingindo o auge nos últimos governos. A “ mãe de todas as delações”, da Odebrecht, revelou-se uma bomba , com detalhes devastadores que implodiu o poder político nacional e revelou o comprometimento pluripartidário. Não restaram nem índios, sindicalistas, milícias, polícias, - estranhamente poupou-se o sistema Judiciário-, que não fossem implicados por Marcelo e Emílio, filho e pai. 
 
Evidente que os petistas dizem logo que não inventaram a corrupção, o que é uma absoluta verdade, mas aderiram a ela com apetite voraz e a ampliaram a um estágio de perda total de limites e de dimensões..
 
O crescimento de 520% em dez anos, da Odebrecht, dá ideia do grau de simbiose que foi atingido pela construtora e o PT, através de Lula. Mais de 80% dos recursos do BNDES aplicados em obras do exterior- com fiscalização menor ou inexistente-, ficaram com a empresa baiana.  Não foi, evidente, a única, mas foi a que levou mais longe a apropriação do Estado, em elevado grau de gangsterismo empresarial, com a formação de uma bancada de 12 governadores, 24 senadores, 39 deputados federais e 4 ex-presidentes.
 
O domínio das empreiteiras sobre as lideranças políticas levando a fabricação de leis sob encomenda, medidas provisórias direcionadas, pagamentos de débitos como acordo e não resultado jurídico, criação de obras com finalidade de obtenção de recursos ilegais, revelam a construção de um Estado tráfico-empreiteirial devastador, que condena o país ao atraso e sua população ao sofrimento.
 
A Sociedade precisar reagir. A estes, não pode haver clemência, nem perdão.

Sindicalismo de resultados
Entre os muitos  aspectos da  delação de Emílio e Marcelo Odebrecht  um dos mais estarrecedores, mais significativos,  do grau de degradação institucional de nossa Sociedade está na revelação  que a  CUT, Lula,  Paulinho da Força Sindical, negociavam a realização de movimentos grevistas  com a  Odebrecht.  
 
A utilização dos trabalhadores como massa de manobra para obtenção de lucros pessoais demonstra quanto existe de manipulação nesta relação entre empregado e empregador e da rasura moral de nossos líderes sindicais.
 
É , espantosamente vergonhoso.
 

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