sábado, 22 de abril de 2017

Tem pimenta da Lava-Jato na sucessão baiana


Como sempre digo, a eleição na Bahia a Lava-Jato pertence. Ao final da eleição de Rui e a vitória de ACM Neto a conversa corrente era que o carlista estaria com um pé no Palácio em qualquer condição, mas parece que, como na famosa piada, esqueceram de combinar com os russos.
Primeiro, sorrateiramente, migrando de um lado para o outro, sem conflitos, surgiu o fator Otto Alencar, que engordou seu partido, botou banca, deu rasteira em Marcelo Nilo na presidência da Assembleia e se tornou decisivo na sucessão.
Agora, surgiu a Lava-Jato botando ACM Neto na defensiva, afinal, vai ter de explicar seu nome entre os delatados, que pode, a depender da evolução, fazer com que ele prefira ficar quietinho onde está, afinal, é muito jovem e tem o tempo - a curta memória nacional-  a seu favor.

Em situação mais grave está  Jacques Wagner, fiador de Rui, acusado de receber propina na casa da mãe, relógios – ele disse que ganhou, mas não usou, como se mudasse algo- e ter atuado para a Odebrecht, em acordo que resultou em R$10 milhões de reais para campanha de Rui Costa, em 2014.
Geddel, outro nome de peso, foi liquidado pelas delações, sendo obrigado a apear do governo Temer. Outros políticos também estão na lista de Facchin e tem impacto nos acordos eleitorais. Não é a toa que novos nomes – como o de José Ronaldo- entraram no jogo pela vaga ao Senado.  
Ainda há muita apuração a ser feita e muita denúncia a ser confirmada, mas tudo isto faz da sucessão baiana um imenso sarapatel onde não falta a pimenta jurídica do MP e do juiz Sérgio Moro para decidir o futuro.


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