Tudo
razoavelmente bem, até que aparecem os políticos e começam a fazer a média com
os eleitores com o seu suado dinheiro. Vem um vereador a aprova uma lei que
obriga você a dar almoço de graça aos garis que limpam a rua. Vem um deputado e
aprova uma lei que você deve dar sopa gratuita para os moradores de rua. Vem o
outro deputado que aprova uma lei que te obriga a dar café da manhã de graça
para os policiais que fizeram a ronda noturna. Observe que tudo isso favorece
funcionários públicos. Mas, o governo vai lhe reembolsar por estas refeições,
através do chamado “subsidio” Correto? Não. Porque o governo estará usando
dinheiro público para favorecer funcionários públicos cujo pagamento de
salários tem que sair dos cofres do governo, e ele está usando o dinheiro dos
contribuintes para cobrir despesas que já estão previstas nos orçamentos. É
roubo, é exploração, é desonestidade.
Mas,
o pior é quando o governo o obriga a dar seu produto de graça e não lhe
reembolsa. Você tem um comércio e não uma casa de caridade.
É o que acontece com as empresas de transporte
coletivo em Feira de Santana. Existem diversas leis concedendo passe livre a
inúmeras categorias, entre elas policiais civis e militares, aos quais o
governo deveria dar o transporte, pois são seus funcionários, e eles jamais deveriam andar em coletivos,
pelos riscos da própria atividade. E quem paga essa despesa é o usuário comum
do coletivo, através dos aumentos no preço da passagem para compensar a despesa
das empresas com o passe livre. Como você se sente sabendo que tem um cabo
eleitoral de político viajando de graça ao seu lado, enquanto você paga uma das
passagens mais caras do Brasil?
Como
se não bastasse, as empresas sofrem com a concorrência desleal dos transportes
clandestinos que proliferam como ratos num lixão. É como se ao lado daquele seu
restaurante, abrisse um igualzinho, mas isento de pagar todas as taxas e
impostos que você paga. É melhor do que morder pudim, não é? Dá raiva, não dá?
Aí
aparece um bocado de político contrário ao prefeito, pra esculhambar o serviço
e lhe dizer que a culpa é da prefeitura mas que se você votar no outro partido
político, tudo vai se resolver. Olha meu amigo, eu tenho 63 anos, nasci e me
criei em Feira, e nunca vi nada melhorar apesar de trocar políticos a cada
quatro anos. Mas nem sempre a culpa é do político, mas nossa, porque nos
recusamos a pensar e a tomar atitudes, sempre esperando que alguém venha
resolver os nossos problemas.
Esperemos
sentados, porque em pé ninguém aguenta.
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