sexta-feira, 28 de agosto de 2020



Sobral
         Segundo o humorista Zé Lezin, Lula se formou no Sobral, que “é o que sobrou do Mobral”. Para quem não sabe, o Movimento de Alfabetização Brasileiro (Mobral) foi uma iniciativa do governo militar para alfabetizar os analfabetos do Brasil. Apesar das ótimas intenções (e delas o inferno está cheio) não deu muito certo, e perdeu credibilidade. Ser aluno do Mobral não era mérito, era demérito.  E com justa razão. Sou testemunha disso. Nos anos 70, eu acompanhava meu “Paidrinho”, Bernardino (Pipiu) Bahia às quartas-feiras e sábados, à fazenda Paus Altos, para fiscalizar serviços e fazer pagamentos dos trabalhadores, respectivamente. Certo dia ele chamou um trabalhador de apelido “Inhô” (Meu grande amigo, de eternas saudades), para efetuar o pagamento, e lhe estendeu a almofada para que ele molhasse o dedo na tinta e colocasse sua impressão digital no recibo, já que era analfabeto. Qual não foi a surpresa quando “Inhô”, orgulhoso, disse que queria assinar o recibo, pois já estava alfabetizado pelo Mobral. Alegria geral, e ele assinou: Crispim Alves de Jesus. Pipiu, estranhou e questionou: Inhô, seu nome não é Manuel dos Santos? Diante da confirmação ele não pode negar que aprendeu a desenhar o nome do colega de carteira, que ele achava mais fácil. E foi diplomado como “alfabetizado” pelo Mobral.

Destruidores
         O Mobral é um dos melhores exemplos de como o brasileiro consegue estragar e destruir as melhores ideias e iniciativas. Mesmo que sejam boas para nós mesmo. Somos os Destruidores Gerais da República. Ô sina! 

A ciência explica?
         Ao saber que o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, lançaria um livro, um ouvinte ligou para a emissora de rádio, e questionou: “Gostaria de saber se a ciência consegue explicar como Mandetta conseguiu escrever um livro”. A pergunta procede.

A Casa do Diabo
         Um pastor e político, com mulher e filhos, e um grande número de almas para cuidar e orientar, conduzindo-as pelos caminhos da moral e dos bons costumes, realizando a vontade de Deus. Um quadro perfeito. Uma Casa de Deus. Seria, não tivesse sua mulher, a deputada federal Flor de Lis, tramado e executado, com a cumplicidade dos filhos, o seu assassinato. Aconteceu no Rio de Janeiro. O conforto e segurança, proporcionados pelo dinheiro e poder político, não foram suficientes para garantir a paz e o amor naquela casa. Uma verdadeira Casa do Demônio.


Médicos desmentem narrativa
         O jornalista Alexandre Garcia participou como convidado de um evento promovido por médicos que, junto com outros pelo Brasil afora, são cerca de dez mil, estudando de forma séria e científica, o combate ao corona vírus e como tratar a covid-19, que já matou mais de 100 mil no Brasil. Mas, tinha mesmo que morrer tanta gente? Por que morreram? De quem é a culpa? Assistam ao vídeo e tire suas conclusões:


Vereadores
Eu sempre digo que vereadores não deveriam existir ou, pelo menos, ser modificada a forma de composição de uma câmara Municipal. Além da economia (eles custam uma fortuna aos cofres públicos) a relação custo/ benefício é zero. No município de Ilhéus (Ba), o vereador Augustão (PT) fazia duras críticas a um projeto que tratava da regulação e fornecimento de internet em logradouros públicos de Ilhéus, como escolas e órgãos públicos. Ele classificou o projeto como “eleitoreiro”. Ao chamarem-lhe a atenção para o fato de que o projeto era da sua própria autoria, ele tentou negar o fato, só se convencendo quando viu sua assinatura no projeto. É tragicômico.
Vereador Augustão (Foto-Agravo.com)
Vereadores I
         É claro que isso nunca vai acontecer, mas, para ter direito a aspirar um cargo público, o candidato deveria ter, no mínimo o segundo Grau completo. E para ser presidente, só com diploma de curso superior. E a escolha teria que ser indireta, através de associações de classe (não sindicatos).  Cada categoria poderia ter apenas uma entidade que a representasse em níveis municipal, estadual e federal. Assim, os integrantes da Câmara Municipal, por exemplo, seriam os presidentes de cada associação, com mandato de quatro anos, não coincidindo com o do prefeito, e sem direito a reeleição. O mesmo ocorreria com as Assembleias Estaduais e Câmara Federal (O Senado deixaria de existir, pois só serve para dar cargo a político velho que não conseguiu se eleger). E os candidatos a Presidente da República sairia dos votos dos integrantes das Câmaras Municipais, Assembleias estaduais, e Câmara Federal. Assim, todos os brasileiros trabalhadores, com bom nível de escolaridade, poderiam se eleger e não ter pretensões de se perpetuar no poder, garantindo assim a renovação de ideias e ideais. Mas, isso é só um sonho, e quem sabe um dia a gente acorda desse pesadelo em que vivemos.

Chapa
        
Enquanto isso, vamos nos virando com o velho método eleitoral. Na quarta-feira passada o MDB e o DEM, coligados, apresentaram a chapa que irá disputar as eleições municipais em novembro próximo. O nome do prefeito Colbert Martins já havia sido lançado na semana passada, encabeçando a chapa, e o nome do ex-deputado federal, Fernando de Fabinho, foi anunciado como candidato a vice prefeito. Será uma campanha diferente de todas que eu já vi, pois não teremos comícios, povo nas ruas, panfletos etc. Tudo vai acontecer no silêncio das redes sociais, queimando igual a fogo de monturo. Não sei quantas eleições ainda terei pela frente, mas essa eu quero, como nunca, vencer. Estarei comemorando 46 anos que dei o meu primeiro voto e 44 anos que participei ativamente de uma eleição. Isso me sensibiliza e deixa saudosista, ao ponto de me lembrar dessa musiquinha, para ser repetida nessas eleições de agora:
“Feira, Feira, Feira, sustente essa bandeira.
MDB é Colbert, Colbert é MDB,
Em cada casa, em cada rua, o nome de Colbert, essa luta é sua.
Segure o futuro nas mãos, que essa bandeira é de luta
e o Brasil conta com a Feira.
Pra grande vitória, nessa eleição
MDB é Colbert...”

Fernando de Fabinho
         É só falar nele que a esquerdalha se encrespa toda, tira a roupa, pisa em cima, esperneia. É um horror. Tão logo foi anunciado o seu nome na chapa como vice de Colbert, começaram a aparecer as comadres mexeriqueiras para botar falação. Sempre as mesmas estórias: “Ele é ficha suja”; “Tem muitos processos na justiça”; “Não sabe administrar”. Pois bem. Depois do insucesso com sua rede de farmácia, ele lutou muito para pagar as dívidas e limpar seu nome. Entrou para a política e teve uma ascensão  meteórica, que foi de prefeito de Santa Bárbara direto para deputado estadual (60 mil votos), e deputado federal. Só não foi prefeito de Feira, porque nas pesquisas as pessoas deram ouvidos aos mexericos das Candinhas, e preferiram outro candidato. E todo mundo viu no que deu. Desgostoso com a política, investiu no ramo de hotelaria e teve um grande hotel e uma pousada, em Imbassay, um hotel de porte médio na praia de Itapoã, em Salvador. Vendeu tudo e entrou para o ramo de construções. Convencido por José Ronaldo a voltar para a política, aceitou ser o candidato a vice de Colbert, de cabeça erguida, porque, dos processos remanescentes, como empresário ou como prefeito, foi absolvido do último em 2010. Podem dar buscas nos sites da justiça que não irão encontrar nada. Sua ficha está limpa. Só se encontra alguma coisa em blogs, sites e quaisquer outros meios de comunicação não oficiais. 

Dica musical
                A minha dica musical hoje é Xanadu, com Olivia Newton John. O nome Xanadu tem origem na palavra chinesa Shangdu, cidade lendária localizada na China, que foi descrita como esplendorosa, magnífica e suntuosa. Nos registros do explorador Marco Polo, há uma exaltação das características existentes nessa localidade. O mesmo acontece com o poema Kubla Khan (1798), do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge. Essa cidade teria sido a capital de veraneio de Kublai Khan, fundador da dinastia Yuan - cujo reinado compreende os anos 1260 e 1294. No cinema, existe o filme Xanadu, de 1980. Nessa produção, estrelada por Olivia Newton John ela faz o papel de Kira, deusa grega da dança, vem à Terra ajudar o artista Sonny Malone a realizar seu grande sonho de abrir uma inovadora casa noturna. O experiente dançarino Danny McGuire também contribui na empreitada, mas tudo se complica quando Kira acaba se apaixonando por Sonny, contrariando as ordens de Zeus. (Fonte: Wikipédia) 
Curta a música.

  

Philosopher
“O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim pra que elas venham até você”. (Mário Quintana)

Isso eu aprendi por mim mesmo, o que dá uma satisfação maior do que quando alguém tem que nos ensinar. Eu criava passarinhos em gaiolas, era caçador, matei muitas codornas, perdizes e outros animais. Um dia eu percebi que os animais estavam desaparecendo da caatinga e dos pastos. Algo mudou dentro de mim e comecei a me interessar por ambientalismo. Foi gratificante descobrir a importância dos animais para o equilíbrio dos sistemas ecológicos. O mais minúsculo ser vivo, seja animal ou vegetal, desenvolve um papel sempre importante na natureza. Alguns fatos me marcaram, como por exemplo, o caso do fazendeiro que começou a pagar aos trabalhadores por cada cobra que eles matassem. Diminuiu o número de cobras, mas aumentou o número de ratos, que deram um grande prejuízo na sua plantação de bananas. Matam-se as perdizes, as cigarrinhas devastam os pastos. É sempre assim na natureza. Eu deixei de caçar e criar passarinhos em gaiolas, e passei a criar ambientes propícios, com vegetação e alimentos, para que eles viessem até mim e eu pudesse apreciar suas formas, cores e cantos. Ainda hoje, morando numa cidade grande como Feira de Santana, eu tenho um recanto no meu quintal onde coloco alimento para os passarinhos, e eles enchem nossos dias com seus cantos alegres. É muito legal.
        

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Por hoje é só que agora eu vou ali entrar de cabeça na campanha para eleger a dupla Colbert/Fernando de Fabinho, pelo bem da minha Cidade Princesa.

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