sexta-feira, 10 de maio de 2013

O país do futuro


         Eu fui alfabetizado em casa e muito cedo virei um devorador de livros e revistas infantis. Adorava estórias de aventura e ficção científica. Hoje eu vejo no meu dia a dia as maravilhas descritas nos livros de Julio Verne ou na série clássica para TV de Jornada nas Estrelas presentes no meu dia a dia e constato que o futuro chegou e quase ninguém percebeu.
         O futuro tecnológico alcançado pela raça humana é maravilhoso, embora tenha suas desvantagens. Mas o que me preocupa é o futuro moral, político e filosófico como descrito nos livros de George Orwel ou Aldous Huxley. Em "Admirável Mundo" Novo Huxley mostra um futuro onde as crianças, todas elas, são geradas em provetas e programadas geneticamente para as funções que irão desempenhar na sociedade dividida em castas, mas onde todos são felizes com o seu trabalho e com a casta à qual pertencem. Não há guerras, fome ou desemprego. O preço de tudo isso é a extinção das famílias, dos amores, e o desenvolvimento de total insensibilidade dos seres humanos em relação aos seus semelhantes.
         Em “1984” Orwel nos fala do “Big Brother” (Grande Irmão), mostrando um planeta dominado por um Estado político totalitário onde os cidadãos  são vigiados 24 horas por dia através de câmeras de TV instaladas por toda a parte, inclusive, dentro de suas próprias casas. Não há desordem nem protestos, mas o preço disso é a total ausência das liberdades individuais como ir e vir ou de expressão. Os cidadãos são proibidos até de pensar por si mesmos.
         Olhando a Europa mergulhada numa crise econômica sem precedentes, a maioria dos países das Américas Central e do Sul vivendo como se ainda estivéssemos no século XIX, a África mergulhada em guerras tribais e os Estados Unidos fingindo que ainda é o País mais poderoso do planeta, eu percebo quanto estamos perto do que Orwel descreveu.
         Enquanto o terrorismo religioso medieval islâmico desafia a Europa e os Estados Unidos, a China comunista, a maior potencia capitalista é bélica do planeta, cresce em todos os sentidos e direções. Desafiando todas as leis internacionais ela invade o mundo com seus produtos falsificados, rouba tecnologia sem a menor cerimônia, explora mão de obra escrava, produz e distribui drogas, inspirando e incentivando todo o tipo de ilegalidades no mundo inteiro.
         No ritmo que vai, será a China, comunista para os seus cidadãos e capitalista para o mundo, que levantará o maior império dessa época. E quando eu penso que ainda hoje há quem fale no “imperialismo americano” eu só posso rir, principalmente quando imagino a cara dos americanos acuados pelo terror que lhes é imposto pelos filhos de Alah.
         Mas como a história está recheada de impérios que floresceram e caíram, a China também cairá. A outra alternativa para este futuro é a tão temida hecatombe atômica, que exterminará a humanidade ou a levará de volta à idade da pedra.

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